O ataque a tiros que matou pelo menos 16 pessoas durante uma festa judaica em Bondi Beach, em Sydney, a maior cidade da Austrália, neste domingo (14), foi orquestrado por duas pessoas. Os balanços das autoridades estão em atualização, pois ainda há cerca de 40 feridos hospitalizados.
Segundo o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, o ataque foi um "ato de maldade, antissemitismo e terrorismo" e atingiu "o coração da nação". Ele ainda chamou de "heróis" os cidadãos que enfrentaram os atiradores e os desarmaram.
Um dos cidadãos foi o vendedor de frutas Ahmed Al Ahmed, de 43 anos, visto em vídeo desarmando um atirador. O salvador ainda foi ferido com dois tiros e está internado.
O presidente da Associação Judaica da Austrália, Robert Gregory, afirmou que o ataque foi "uma tragédia, mas absolutamente previsível" e denunciou o governo por "não tomar medidas adequadas para proteger a comunidade judaica".
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Quem eram os atiradores?
Os dois atiradores eram pai e filho, de 50 e 24 anos respectivamente, segundo informou a polícia australiana.
"O [suspeito] de 50 anos morreu. O de 24 está atualmente no hospital", informou o comissário de polícia de Nova Gales do Sul, Mal Lanyon, em coletiva de imprensa.
As autoridades australianas não estão à procura de outros suspeitos, segundo a investigação policial.
Qual a motivação do ataque?
Segundo as autoridades, a motivação do ataque ainda está em investigação, mas se tratou de um "ataque direcionado contra judeus australianos". A festa celebrava o primeiro dia do Hannukah, festividade judaica que celebra alegria e fé.
A polícia descreveu o ato como um "incidente terrorista" e afirmou ter encontrado "artefatos explosivos improvisados" em um veículo próximo à praia, ligado ao "criminoso falecido".