O presidente da Argentina, Javier Milei, vetou, nessa quarta-feira (10), uma lei que aumentava as verbas para as universidades, aprovada pelo Congresso em agosto. O chefe de Estado rejeitou a normativa em meio a uma tempestade que combina uma derrota por quase 14 pontos nas eleições legislativas de Buenos Aires e um escândalo de corrupção envolvendo sua irmã, Karina Milei.
Ele argumentou que "promulgar a medida sancionada pelo Congresso da Nação dificultaria gravemente a sustentabilidade das finanças públicas" na resolução publicada no Diário Oficial.
O presidente ultraliberal faz do superávit fiscal um dos "pilares" de seu programa econômico, do qual não se afastará "nem um milímetro", como assegurou no último domingo (7) após a derrota eleitoral.
A lei de financiamento universitário proposta atualizava os gastos pela inflação e estabelecia a convocação de reuniões para recompor o salário do pessoal, entre outras medidas.
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O que acontece após veto de Milei?
Agora, o Congresso pode insistir com o projeto, mas terá que reunir dois terços dos votos em ambas as Câmaras.
Esta é a segunda vez que Milei veta uma lei que atualiza verbas para as universidades. A anterior foi em outubro de 2024, e ele também alegou que causava desequilíbrio fiscal naquele momento.
No último dia 4, o Congresso argentino reverteu o veto de Milei sobre a lei de Emergência em Deficiência, que concede mais recursos para as pessoas com deficiência.