Justiça nega liberdade sob fiança a P. Diddy, e rapper deve aguardar sentença preso

O magnata da música foi absolvido das duas principais acusações, mas ainda deve ser preso

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P Diddy veste um smoking preto com camisa social branca e gravata borboleta preta, além de óculos escuros. Ele é um homem negro de cabelo curto
Legenda: P. Diddy foi condenado por transportar pessoas para festas com finalidades sexuais
Foto: Shutterstock/

O juiz Arun Subramanian, responsável por analisar o caso de Sean "Diddy" Combs, decidiu que o rapper deve continuar preso enquanto aguarda a sentença do processo a que responde. Combs foi condenado nesta quarta-feira (2) por duas acusações de violação da Lei Mann — que trata sobre prostituição, imoralidade e tráfico de pessoas.

Foi comprovado que ele transportou acompanhantes masculinos e ex-namoradas, como Cassie Ventura, para festas com finalidades sexuais. No entanto, o magnata da música foi absolvido das outras duas acusações, que envolvem tráfico sexual e conspiração para extorsão, consideradas as principais e que poderiam levá-lo à prisão perpétua.

Segundo a emissora estadunidense NBC, o réu não poderá aguardar em liberdade por apresentar risco de fuga ou perigo para a comunidade se for solto.

Um dos argumentos do juiz para negar a liberdade provisória foi que Combs se envolveu em um padrão de violência que já se estende por anos e que segue incapaz de cumprir a lei. Subramanian destacou, por exemplo, o espancamento de Ventura em 2016, flagrado pelas câmeras de segurança de um hotel, que configurou um "ato de violência doméstica", e outro episódio em junho de 2024, quando o rapper violentou uma mulher que testemunhou sob o pseudônimo de "Jane".

O julgamento deve ser retomado no dia 3 de outubro para que seja proferida a sentença. Mas, essa data ainda pode ser mudada. 

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Em entrevista à NBC, um advogado de Combs alegou que violadores da Lei Mann tendem a ser "cafetões que lucram com profissionais do sexo", o que não seria o caso do rapper. Ele insistiu ainda que as ações do cliente não envolvem o controle de pessoas. "Não é o caso aqui", afirmou o advogado Marc Agnifilo.

No entanto, a própria defesa do cantor se confunde quando admite ao júri que houve violência doméstica no caso de Cassie Ventura, mas que os crimes cometidos por Combs não se enquadram nos critérios de extorsão ou tráfico sexual. "Violência doméstica é violência", reforçou o juiz Subramanian ao advogado.

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Considerando os dois crimes pelos quais ele foi considerado culpado, P. Diddy pode pegar até 20 anos de prisão — dez para cada acusação.

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