Israel inicia cessar-fogo em Gaza; reféns devem ser soltos em 72 horas

O primeiro-ministro israelense afirmou que 20 reféns estão vivos e 28 morreram

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(Atualizado às 10:44)
A imagem mostra um menino sentado em meio aos escombros em frente a um prédio destruído no centro de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza
Legenda: As tropas começaram a ser retiradas de Gaza nesta sexta-feira (10).
Foto: OMAR AL-QATTAA / AFP.

O Exército israelense anunciou que o cessar-fogo em Gaza entrou em vigor ao meio-dia desta sexta-feira (10) - 6h em Brasília -, após o acordo com o movimento palestino Hamas

"Desde este meio-dia (locais), as tropas começaram a se posicionar ao longo das linhas de retirada, em preparação para o acordo de cessar-fogo e para o retorno dos reféns", informou o Exército em um comunicado.

O texto ainda especificou que "as tropas do Comando Sul estão posicionadas na área e continuarão a remover qualquer ameaça imediata". 

Libertação dos reféns

Após a retirada dos militares, a libertação dos 48 reféns que permanecem em cativeiro deve ocorrer no prazo de 72 horas. Em discurso nesta sexta, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que 20 deles estão vivos e 28 morreram. 

O líder israelense disse que seu país deve celebrar um "dia de alegria nacional" a partir da noite da próxima segunda-feira (13), quando se espera que todos os reféns sejam devolvidos de Gaza. Segundo acrescentou, o dia coincidirá com a festividade judaica do Simchat Torá.

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A primeira fase do acordo de cessar-fogo, aprovada por Israel em negociações no Egito, foi trabalhada a partir de um plano de 20 pontos apresentado pelo presidente americano Donald Trump, e prevê a troca dos reféns em poder do Hamas por cerca de 2 mil palestinos em prisões israelenses.

Mais cedo, o chanceler israelense Gideon Saar assegurou que a libertação dos reféns "deveria pôr fim à guerra", enquanto o negociador-chefe do Hamas, Khalil al Hayya, disse ter obtido "garantias dos mediadores irmãos e da administração dos Estados Unidos confirmando que a guerra chegou ao fim".

Segundo a porta-voz do governo israelense, Shosh Bedrosian, todas as partes já assinaram, no Egito, a versão final do pacto para a primeira fase do plano, após negociações indiretas na cidade turística de Sharm el-Sheikh, com mediação de Estados Unidos, Catar e Turquia.

Em Khan Yunis, no sul da devastada Faixa de Gaza, palestinos aplaudiram e gritaram de alegria quando o acordo foi anunciado.

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