EUA suspendem cobrança extra de US$ 250 em vistos de entrada

O objetivo é reduzir barreiras que dificultam a entrada de visitantes estrangeiros, conforme gestor de entidade da indústria de viagens

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 09:50)
Pessoa segura um passaporte aberto, mostrando um visto em uma das páginas.
Legenda: Decisão não significa o fim definitivo da taxa aos vistos de entrada.
Foto: Bokic Bojan/shutterstock.com

A cobrança adicional de US$ 250 para a emissão de vistos de entrada nos Estados Unidos, prevista para começar no próximo dia 1º de outubro, foi suspensa por tempo indeterminado. A informação foi confirmada por Tyler Gosnell, diretor administrativo de viagens internacionais da U.S. Travel Association, em entrevista ao portal especializado em turismo Mercado & Eventos, durante visita a São Paulo.

Segundo Gosnell, gestor da organização sem fins lucrativos que representa todos os componentes da indústria de viagens dos EUA, a decisão não significa o fim definitivo da taxa, mas a medida não entrará em vigor no prazo estipulado.

“Essa taxa foi adiada. Não foi completamente eliminada, mas também não entrará em vigor. E estamos trabalhando muito para garantir que ela nunca veja a luz do dia”, afirmou Gosnell.

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A U.S. Travel tem atuado em conjunto com representantes da indústria do turismo e com autoridades norte-americanas para impedir que a cobrança avance. O objetivo é reduzir barreiras que dificultam a entrada de visitantes estrangeiros, como custos adicionais e atrasos na emissão de vistos.

“Sabemos que adicionar uma taxa além da despesa de chegar aos EUA prejudicaria nossa competitividade”, ressaltou Gosnell.

Brasil é beneficiado

Ele destacou ainda que a suspensão é especialmente relevante para o mercado brasileiro, que figura entre as três maiores delegações internacionais no IPW, principal feira do setor nos EUA, e continua em processo de recuperação no pós-pandemia.

Ainda assim, se as negociações não avançarem, a taxa extra poderá ser implementada pelo governo. O aumento afetaria várias categorias de visto, incluindo estudantes, trabalhadores temporários e turistas (B2), fazendo com que o valor da emissão passe de US$ 185 para US$ 442 — mais do que o dobro do preço atual.

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