Visto americano sofre aumento de R$ 1,4 mil com nova lei de Trump

Cobrança ainda precisa ser regulamentada, mas pode entrar em vigor até outubro deste ano

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 18:57)
Imagem externa do Capitólio nos Estados Unidos
Legenda: Taxa ainda precisa passar por regulamentação do governo americano
Foto: Karla Bartkwoski / AFP

Após a aprovação do pacote ‘Big Beautiful Bill’, ou Grande e Lindo Projeto de Lei, sancionado pelo presidente Donald Trump na sexta-feira passada (4), o valor da cobrança referente ao visto de turismo ou viagem temporária aos Estados Unidos ficará 135% mais cara.

Pela nova lei, a “Taxa de integridade do Visto” custará US$ 250 a mais, cerca de R$ 1,4 mil, e será cobrada junto com as já existentes. Para o grupo que pedir visto permanente, ou seja, de moradia no país no caráter de imigrante, ela não será solicitada.

A taxa será cobrada para quem for:

  • Fazer turismo;
  • Trabalhar temporariamente;
  • Estudar por curto período.

O ano fiscal nos EUA termina em outubro deste ano, e a nova lei precisa passar por regulamentação, o que ainda não ocorreu. Pelo projeto, também é preciso pagar para fazer o registro de visto, uma espécie de formulário de inscrição com valor de US$ 24, que sai por R$ 135 na cotação atual.

Atualmente, é obrigatório o pagamento de US$ 195, que na conversão cambial fica R$ 1,1 mil para solicitar o visto de não imigrante. Este é o único valor cobrado, que deverá custar US$ 459, cerca de R$ 2,55 mil.

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O projeto “Grande e Lindo” também determina os reajustes anuais das taxas pela inflação americana. Pelo texto, o visitante poderá pedir reembolso dos US$ 250 caso cumpra as regras do visto, como não trabalhar sem autorização.

Outra regra nesse sentido é o retorno ao país de origem dentro do prazo legal de 90 dias, no caso de turismo brasileiro, com adição de mais cinco dias, ou para aqueles que requisitarem um novo prazo de validade ou alteração do status migratório.

Outros pontos do “Big Beautifil Bill”

  • Extensão dos grandes cortes de impostos que foram adotados ainda no primeiro mandato de Trump, em 2017
  • Redução de impostos sobre gorjetas ou horas extras, que prevê isenção fiscal para esse tipo de modalidade
  • Injeção de verbas para financiamento das deportações em massa e fortificações na fronteira com o México
  • Cortes no programa Medicaid, que beneficia americanos de baixa renda com um plano de saúde básico, além de diminuição dos cupons de alimentação
  • Cortes na energia verde, que eliminam incentivos fiscais na transição energética
  • Aumento do teto da dívida pública americana, liderando o governo a pedir empréstimos, aumentando o limite do endividamento para US$ 5 trilhões
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