Christian Brueckner, principal suspeito do desaparecimento da garota Madeleine McCann implorou em cartas que amigos o apoiassem na ação judicial para limpar seu nome.
Em uma das cartas que escreveu, Brueckner defende sua inocência, afirmando que não viaja para a Praia da Luz, onde a menina desapareceu, desde 2006. Assim, segundo as suas declarações, não poderia raptar a menina um ano depois. Ao jornal britânico, The Mirror, um dos amigos dele afirmou que se assustou ao receber as cartas.
Na carta, segundo a fonte ouvida pelo jornal britânico, ele pede que eles falem em sua defesa sobre o "quão legal ele é". "Ele estava pedindo que falassem em sua defesa, sobre como ele é um cara legal. Ele disse que a polícia e os promotores alemães estão contra ele, que estão dizendo que ele é um monstro", contou.
Brueckner está preso, acusado de estuprar uma mulher de 72 anos em Portugal. Em uma das cartas aos amigos, ele afirma ser um monstro, na avaliação de promotores.
"Conheço duas pessoas que receberam mensagens de Chris. Isso realmente os assustou. Fazia anos que não tinham notícias dele e, de repente, essas cartas chegaram pelo correio, vindas da Alemanha", relatou.
Os promotores suspeitam que o Brueckner viveu próximo à Praia da Luz por anos, mas se mudou pouco antes do desaparecimento de Madeleine. O homem passou a ser investigado em 2022.
Relembre o caso
Madeleine desapareceu no dia 3 de maio de 2007, quando sumiu de um apartamento de um resort no Algarve, em Portugal. Ela e os irmãos dormiam no quarto enquanto os pais jantavam em um restaurante com amigos. A família havia viajado de férias.
O caso repercute mundialmente até hoje. Cerca de 600 pessoas foram investigadas, segundo a CNN, e quatro foram consideradas suspeitas, mas absolvidas depois. Até os pais da garota chegaram a ser apontados como suspeitos, mas a hipótese também foi descartada.
Durante esses anos, surgiram várias notícias sobre o paradeiro da menina. Rumores deram conta que ela foi "vista" mais de nove mil vezes e em mais de cem países. Nenhum se comprovou verdadeiro.
A mais recente notícia sobre o caso foi em fevereiro deste ano, quando a polonesa Julia Faustyna, de 21 anos, foi às redes sociais declarar ser Madeleine. Contudo, a polícia descartou a possibilidade. Além disso, um teste de DNA também atestou que a jovem não era a menina desaparecida.