Médico investigado por injúria racial é encontrado morto dentro de casa, na Bahia

Luís Leite teria falecido por insuficiência respiratória, congestão e tromboembolismo pulmonar

Escrito por Redação ,
Médico denunciado por injúria racial foi preso na Bahia
Legenda: Luís Leite foi preso pela 1ª vez em fevereiro deste ano após denúncia de injúria racial
Foto: Reprodução/TV Santa Cruz

O médico obstetra Luís Leite, investigado em Itabuna, no Sul da Bahia, por suspeita de injúria racial, foi encontrado morto dentro de casa, nessa quinta-feira (21). Em fevereiro deste ano, ele teria disparado insultos contra uma auditora que prestava serviços para a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab).

Segundo informações da TV Santa Cruz, afiliada da Rede Bahia, a causa da morte foi insuficiência respiratória, congestão e tromboembolismo pulmonar. 

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O óbito foi constatado no imóvel após chamado dos familiares pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O corpo de Luís Leite deve ser sepultado em Salvador.

Investigado por injúria racial, Luís Leite chegou a ficar preso no Conjunto Penal de Itabuna, mas foi solto no dia 6 de novembro, quando recebeu um habeas corpus. A decisão também definiu mais tempo para o suspeito recorrer em liberdade.

Caso de injúria racial

A denúncia de injúria racial foi realizada por uma auditora, uma mulher negra, sobre um caso ocorrido no dia 21 de fevereiro. O obstetra teria dito que a mulher era bonita "por ter o sangue branco".

Luís Leite foi acusado de injúria racial
Legenda: A causa da morte de Luís Leite foi detectada como insuficiência respiratória, congestão e tromboembolismo pulmonar
Foto: reprodução/TV Santa Cruz

Conforme a delegada do caso, Lisdeili Nobre, o obstetra teria feito outra afirmação de cunho racista: "Você já viu alguém com pele preta ser bonita assim? Então, afirmo que se você é bonita, é porque você tem sangue branco", teria dito ele. 

O caso aconteceu na Maternidade Otaciana Pinto, em Itabuna, onde o médico estava de plantão. Ele foi solto pela primeira vez no dia 23 de fevereiro, quando passou por audiência de custódia e pagou fiança de R$ 14.120. Já em outubro, foi preso novamente, mas foi solto após o habeas corpus. 

Em depoimento, o médico negou o crime, afirmando que teria apenas feito um elogio a uma colega de trabalho. 

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