1ª vacina brasileira contra Covid-19 começa a ser testada em humanos nesta sexta-feira
Imunizante foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais
Desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a SpiN-Tec, primeira vacina totalmente brasileira contra a Covid-19, começa a ser testada em humanos nesta sexta-feira (25).
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O intuito da testagem é provar que a vacina é segura e eficaz, e observar a existência de algum eventual efeito colateral.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou os testes em humanos no mês de outubro, depois que estudos pré-clínicos, realizados em animais, mostraram que a vacina não gerou nenhuma reação adversa e ainda se provou capaz de produzir anticorpos.
Além disso, os exames ainda constataram que o imunizante é eficaz contra diversas variantes do vírus.
Após concluir a testagem, a equipe de pesquisadores deverá solicitar autorização para a terceira etapa, em que os testes serão realizados em um número maior: entre 4 e 5 mil pessoas.
A expectativa é que a vacina esteja disponível para o público geral em 2025.
Voluntários
A UFMG e o Centro de Tecnologia de Vacinas (CT-Vacinas) abriram cadastro, em 17 de novembro, para pessoas interessadas em participar das fases 1 e 2 dos testes clínicos.
Entre os critérios necessários para se voluntariar, estão: ser saudável, ter entre 18 e 85 anos, residir em Belo Horizonte durante os 12 meses de estudo, e ter recebido as duas doses iniciais de CoronaVac ou AstraZeneca e uma ou duas doses de reforço com Pfizer (há pelo menos 9 meses) ou AstraZeneca (há pelo menos 6 meses).
Mulheres que estiverem grávidas ou amamentando não poderão participar da pesquisa.
Ao todo, serão 72 voluntários na fase 1, e 360 na fase 2. Os escolhidos passarão por avaliações clínicas e laboratoriais antes de iniciar os testes.
Depois, a equipe responsável pela testagem fará ligações periodicamente, para acompanhar o estado de saúde dos voluntários. Os participantes do estudo também deverão voltar ao centro de pesquisa da Faculdade de Medicina da UFMG sete vezes, durante o primeiro ano após a aplicação.