Podcast Pauta Segura aborda mortes por intervenção policial no Ceará e júris da Chacina da Messejana

Órgãos públicos do Estado e entidades dos Direitos Humanos discutiram a violência policial, em duas reuniões, na semana passada

Escrito por Redação ,
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Legenda: As mães se reuniram com o governador do Ceará, Elmano de Freitas, nessa quarta-feira (19)
Foto: Emanoela Campelo

A última semana foi marcada, na Segurança Pública do Estado, por debates entre órgãos públicos e entidades dos Direitos Humanos sobre mortes por intervenção policial e o caso da Chacina da Messejana, que chega à fase de julgamentos, depois de 7 anos. Esses são os temas do 26º episódio do Podcast Pauta Segura, lançado pelo Diário do Nordeste nesta segunda-feira (24).

1.229 pessoas foram mortas por intervenções policiais, no Ceará, nos últimos 10 anos (de 2013 a 2022), conforme dados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), coletados pelo Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará (Cedeca) e publicados em reportagem do DN, na última quarta-feira (19).

O editor Emerson Rodrigues e os repórteres Emanoela Campelo e Messias Borges abordaram, no episódio do Podcast, detalhes de duas reuniões sobre o tema da violência policial.

Na terça-feira (18), o Ministério Público do Ceará (MPCE) recebeu o Cedeca, a Anistia Internacional Brasil, o movimento Mães do Curió e outras instituições, para discutir o papel do Ministério Público no controle externo da atividade policial e na acusação da Chacina da Messejana.

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No dia seguinte, foi a vez do Governo do Ceará receber, pela primeira vez, as Mães do Curió, para também falar sobre a matança e fazer promessas às mães das vítimas, como um maior apoio psicossocial e um reforço na segurança dos primeiros julgamentos dos policiais militares réus pelas mortes ocorridas em 2015.

Em um dos casos mais emblemáticos de mortes por intervenção policial no Ceará, nos últimos anos, 11 pessoas foram mortas na Grande Messejana, em Fortaleza, entre a noite de 11 de novembro e a madrugada de 12 de novembro de 2015.

O caso ficou conhecido como Chacina da Messejana - ou Chacina do Curió. 44 policiais militares foram denunciados pelo MPCE por participação na matança, mas apenas 34 deles foram pronunciados pela Justiça Estadual (isto é, levados a julgamento). 8 PMs foram impronunciados e outros 2 militares tiveram a conduta desclassificada para crimes de menor gravidade. Mais de sete anos após a Chacina, a 1ª Vara do Júri de Fortaleza marcou os três primeiros julgamentos, com um total de 7 réus, para os meses de junho, agosto e setembro deste ano.

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