Investigações de ataques a provedores de internet já prenderam 40 suspeitos de participação nos crimes
A terceira fase da operação Strike foi deflagrada nesta quinta-feira (27), em Caridade, no interior do Ceará

Até esta quinta-feira (27), 40 pessoas foram presas pelas forças de segurança do Ceará, suspeitas de participação em ataques a empresas provedoras de internet. O número, divulgado pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), representa o acumulado das prisões executadas desde o início da operação Strike, em 12 de março.
A terceira fase da operação, intitulada "Dynamus", foi deflagrada nesta quinta na cidade de Caridade, no interior do Estado, e resultou na prisão de oito suspeitos de integrar a organização criminosa responsável pelos crimes. Outros 16 mandados de busca e apreensão também foram cumpridos pela Polícia nesta etapa.
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Márcio Gutierrez, além das prisões, a operação também atua para fechar provedores clandestinos de internet.
"Nós temos, dentro desse grupo especial de investigação, a DHPP [Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa], a Draco [Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas], temos a Delegacia de Combate à Lavagem de Dinheiro e, também, o Laboratório de Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil, tudo isso para demonstrar que vamos atrás dos criminosos que estão cometendo esses crimes, mas, também, vamos atrás do patrimônio dessas facções que buscam, aqui, no Ceará, e no restante do País, aferir mais lucros. Não vamos permitir", garantiu o delegado, em entrevista coletiva para a imprensa, nesta quinta-feira.
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Operação em Caridade
Sobre a operação deflagrada nesta quinta-feira, em Caridade, Gutierrez disse ainda que a investigação mira nas lideranças dos criminosos que estão atacando as provedoras de internet. Além disso, ele lembrou que há quatro mandados de prisão em aberto para alvos que estão foragidos no Rio de Janeiro.
"Mais importante dessa ação de hoje é o restabelecimento da comunicação na cidade [de Caridade]. Neste exato momento, as polícias Militar e Civil estão dando suporte para que as empresas restabeleçam o serviço no município", afirmou o gestor.
O delegado Cleidson Fernandes, da Delegacia Regional de Canindé, ressaltou que os alvos presos nesta quinta são os "executores" dos ataques, e lembrou que os "financiadores" já haviam sido identificados e presos pela investigação.