'Lampião', número 1 do CV no Ceará deve continuar em presídio federal
O homem é apontado como o principal importador de drogas do grupo para o Estado.
Max Miliano Machado da Silva, também conhecido como 'Lampião' ou 'Alcapone', chefe da facção carioca Comando Vermelho (CV) no Ceará, deve permanecer detido em um presídio federal. A Justiça Estadual admitiu o pedido feito pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) e destacou a necessidade do homem faccionado continuar em uma unidade de segurança máxima localizada em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
O acusado também é conhecido como 'número 1' do CV e o principal importador de drogas do grupo para o Estado. A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico e o processo segue tramitando em sigilo. A defesa de Max Miliano não foi localizada pela reportagem.
"Considerando o contexto que relaciona o preso à relevante participação em atividades criminosas, endossado nas informações que acompanham o pedido e nas razões apresentadas pelo Ministério Público, no interesse da segurança pública, admito o pedido e reconheço a necessidade de manutenção do preso no sistema penitenciário federal pelo prazo inicial de um ano", de acordo com trecho da decisão proferida na Vara de Delitos de Organizações Criminosas.
O homem já é mantido na unidade federal há mais de um ano
EXTENSA FICHA CRIMINAL
'Lampião' tem uma extensa ficha com antecedentes criminais, incluindo passagens pelos crimes de homicídio, tráfico de drogas e organização criminosa.
Também chegou a ser alvo de operação da Polícia Federal (PF) no Amazonas por tráfico internacional de drogas.
Antes de ser preso, Max Miliano estava em um apartamento de luxo, em Belém do Pará. Ele ostentava e comprou mansões, carros e se refugiou na cidade em busca de atuar em um "território neutro".
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Após a prisão de Max Miliano, membros do CV 'rasgaram a camisa' e criaram a Massa Carcerária: "com o enfraquecimento de Max Miliano na chefia do Comando Vermelho do Ceará, após sua prisão em fevereiro de 2021, várias lideranças locais da facção começaram a 'rasgar as camisas', ou seja, decidiram sair da mencionada ORCRIM (organização criminosa, assumindo o controle de suas respectivas áreas, se autointitulando 'Massa Carcerária', 'Massa Criminosa' ou 'Neutro' - MC7", diz trecho de uma decisão da Vara de Delitos de Organizações Criminosas, contra grupo da 'Massa Carcerária'.
Em 2023, a Polícia Civil do Ceará deflagrou a Operação Cashback e apreendeu bens avaliados em R$ 3 milhões, que seriam do número 1 da facção carioca.
Três mandados de busca e apreensão, além de ordens de sequestro de bens, foram cumpridos em um condomínio de alto padrão localizado no Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF); e em dois imóveis de Manaus, no Amazonas.