‘Guerra’ entre facções: acusados de matar ‘chefe’ da Massa no Curió vão a júri

Grupo tinha oferecido R$ 100 mil 'pela cabeça' de um alvo.

Escrito por
Redação seguranca@svm.com.br
local de homicidio, pefoce, policiais militares.
Legenda: O crime foi motivado pela disputa entre facções rivais.
Foto: Naval Sarmento/Arquivo DN.

Quatro acusados de participar do assassinato de um chefe da facção criminosa Massa Criminosa do Estado ou 'Tudo Neutro' devem ir a júri popular no próximo dia 11 de agosto de 2026.

Alexandre dos Santos Oliveira, Leonardo Vinícius Lima, Raimundo Emídio da Silva Neto e Alexandre dos Santos de Oliveira também são denunciados por integrar a facção carioca Comando Vermelho (CV). As defesas deles não foram localizadas pela reportagem.

Populares irão compor o Conselho de Sentença na 3ª Vara do Júri de Fortaleza e decidir se os réus serão condenados ou inocentados pela morte de Antônio Lozan Ferreira Costa. O crime aconteceu no dia 10 de setembro de 2021, por volta das 6h, no bairro Curió, motivado pela 'guerra' entre grupos rivais.

Mais dois homens eram acusados pelo crime e foram impronunciados, ou seja, não irão a júri popular. A Justiça entendeu que as provas contra Alan Eduardo Ribeiro do Nascimento e Francisco Thiago de Oliveira Pereira não são suficientes para levá-los a julgamento.

"Todas as testemunhas ouvidas em juízo não confirmam participação de tais acusados no crime sob análise nem informam nada que possa levar a crer que estes sejam os autores do crime em questão. Além disso, os mencionados réus negam qualquer participação no crime. No mais, ressalta-se que as provas existentes se baseiam somente nos depoimentos acostados em inquérito policial"

Os quatro pronunciados chegaram a recorrer da sentença afirmando que não têm envolvimento no crime. A decisão foi mantida em 2º Grau.

Veja também

'R$ 100 MIL PELA CABEÇA DA VÍTIMA'

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), os membros do Comando Vermelho invadiram a Comunidade da Mangueira em busca de um alvo específico.

Integrantes da facção teriam oferecido R$ 100 mil 'pela cabeça' de um homem conhecido como 'Igor'. Quem matasse o desafeto, receberia o prêmio em dinheiro.

No entanto, na ação criminosa uma outra pessoa foi assassinada: "noticiam os autos, que a motivação do crime se deu em razão das disputas territorial entre as facções auto denominadas Comando Vermelho – CV e Massa Criminosa do Estado – TDN (“Tudo Neutro”)".

Para a Justiça, há indicativos suficientes da autoria delitiva e  "a presença de elementos suficientes para sujeição de tais acusados ao julgamento perante o Tribunal Popular do Júri, de modo que o aprofundamento da análise dos fatos sobre a existência ou não da autoria delitiva deve ser realizado e decidido pelo referido Órgão Judicial competente".

A acusação destaca ainda que a ação gerou 'perigo comum', quando homens armados invadiram a Comunidade da Mangueira, dispararam e colocaram em perigo os residentes do local, sem chance de defesa para a vítima.

Este conteúdo é útil para você?
Assuntos Relacionados