Empresário vai a júri após 18 anos por encomendar morte de 'rival' em Fortaleza

Além de Daniel Vernaglia, outro acusado também será julgado. Os dois réus são acusados de fazer parte de um 'grupo de extermínio' que atuava em Fortaleza

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Redação seguranca@svm.com.br
(Atualizado às 09:44)
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Legenda: O júri estava agendado para acontecer no último mês de junho, mas foi remarcado a pedido da defesa de Benevides, devido a motivos de saúde.
Foto: Arquivo DN

A Justiça do Ceará determinou nova data para que um empresário e outro acusado de participar de um grupo de extermínio se sentem no banco dos réus. O júri de Daniel Antônio Vernaglia e Benevides Pereira Moura está programado para acontecer no próximo dia 12 de novembro, a partir das 13h15, no 1º salão do Júri, no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza.

A vítima do assassinato também era empresário, considerado como 'rival' no ramo da confecção em que atuava Daniel Vernaglia. O homem foi morto a tiros quando chegava do trabalho, no ano de 2007, em meio a um período de diversas execuções na capital cearense que ficou conhecido como 'pistolagem urbana'.

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O júri estava agendado para acontecer no último mês de junho, mas foi remarcado a pedido da defesa de Benevides, devido a motivos de saúde. A reportagem não localizou as defesas dos réus. Já a assistência de acusação, representada pelos advogados Leandro Vasques, Holanda Segundo e Marina Torquato disse novamente que "está bastante confiante no resultado do julgamento".

Outros três acusados pela morte do empresário paulista Júlio César Diniz já foram a júri popular no ano de 2023 e condenados. 

Daniel Antônio Vernaglia é quem teria encomendado o assassinato, e Benevides Pereira Moura, o 'Bené', apontado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) como pistoleiro.

PASSOS DA VÍTIMA FORAM VIGIADOS

Na época do crime, os dois empresários tinham empresas de aviamento e buscavam mão de obra. 'Bené' teria passado a vigiar os passos da vítima e no dia 29 de maio de 2007, quando Júlio estacionava em frente a sua loja no bairro Montese, foi surpreendido por dois homens armados, vindos em uma moto.

Foram efetuados disparos de arma de fogo que atingiram a cabeça da vítima. A perícia apontou que projéteis extraídos do corpo do empresário eram de uma mesma arma usada para matar outras três pessoas, em Fortaleza.

Júlio César chegou a ser socorrido ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Daniel Vergnalia só foi preso após ser flagrado em posse de um arsenal.

OUTROS ACUSADOS JÁ CONDENADOS

Há dois anos, Paulo César Lima de Sousa, o 'Paulão', Sílvio Pereira do Vale Silva, o 'Sílvio pé-de-pato' e Rogério do Carmo Abreu, o 'C* de Boi', foram a júri popular e condenados por este homicídio.

Paulo teve pena de 15 anos e seis meses de prisão; Sílvio apenado em 17 anos de reclusão; e Rogério 15 anos e seis meses. Eles recorreram da decisão, e já no ano seguinte, no 2º Grau do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) as condenações foram mantidas.

'Pé-de-pato' e 'C* de boi' é que estavam na moto que abordou a vítima, conforme o MP. Todos eles negam participação no crime.

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