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Vereadores de Paracuru são alvo de operação por suspeitas de 'rachadinha' e lavagem de dinheiro

Ação é fruto de uma investigação por crimes contra administração pública e lavagem de dinheiro

Escrito por Felipe Azevedo ,
Ação Polícia Paracuru
Legenda: Ação é fruto de uma investigação por crimes contra administração pública e lavagem de dinheiro
Foto: Divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil cumpre, na manhã desta quinta-feira (18), mandado de busca e apreensão na Câmara Municipal de Paracuru e outros endereços da cidade em uma ação por suspeita de peculato, crimes contra administração pública e lavagem de dinheiro envolvendo um grupo de vereadores do município.

A operação "Salário Sagrado" investiga a prática de "rachadinha", quando parte dos salário de servidores são devolvidos ao gabinete de parlamentares. 

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A ação de investigação da Polícia identificou ainda, de acordo com as autoridades, que um familiar de uma vereadora "agrediu e ameaçou de mortes" testemunhas. O intuito, segundo foi informado pelos policiais, era de "tentar atrapalhar o trabalho policial em andamento".

Rachadinha

De acordo com a Polícia Civil, a investigação teve início após denúncias de servidores alegando quee estavam sendo extorquidos por vereadores a devolver parte de seus salários.

As autoridades indicam que alguns parlamentares montaram um esquema de corrupção dentro de seus gabinetes com a finalidade de se beneficiar financeiramente, de forma indevida, de parte e/ou da totalidade dos salários de servidores comissionados, o que popularmente se conhece como esquema da “rachadinha”.  

Operação

No total, são cumpridos onze mandados de busca e apreensão, se um deles na sede da Câmara Municipal de Paracuru. São ainda quatro mandados de monitoração eletrônica - quando a investigação pede que sejam colocadas tornozeleiras eletrônicas em suspeitos. 

A polícia também determinou bloqueio de contas em bancos e que oito pessoas fossem afastadam de exercer função pública. 

A operação é desenvolvida pela Delegacia de Combate à Corrupção (Decor) do Departamento de Recuperação de Ativos (DRA) com o apoio do Gabinete do Delegado Geral e dos Departamentos de Polícia Judiciária Metropolitana (DPJM) e da Capital (DPJC).

A reportagem entrou em contato com vereadores do município, mas não houve resposta até a publicação da matéria. 

 

 

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