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STF abre inquérito contra Carla Zambelli por porte ilegal de arma de fogo

Zambelli perseguiu homem com arma em punho em São Paulo

Escrito por Redação ,
Carla Zambelli empunhando arma na rua
Legenda: Deputada atravessou a rua com arma em punho em direção a um bar, na véspera do 2º turno das Eleições 2022
Foto: Reprodução

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu nesta sexta-feira (3) um inquérito contra a deputada federal Carla Zambelli por porte ilegal de arma de fogo. A investigação, reportada pelo jornal O Globo, diz respeito ao episódio em que a parlamentar perseguiu um homem com uma arma em punho.

Gilmar Mendes atendeu pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que denunciou a parlamentar. Seguindo o trâmite, Zambelli terá um prazo para se manifestar ao STF.

A decisão do recebimento ou não da denúncia da PGR deve ser tomada no plenário da Corte, em julgamento sem data definida ainda. O processo corre sob sigilo no STF.

Se a denúncia foi acolhida pela Corte, a parlamentar se tornará ré e responderá a uma ação penal. Provas serão colhidas no processo e Zambelli poderá apresentar defesa antes do julgamento final.

A procuradoria pediu ao STF que a deputada seja condenada a pagar uma multa de R$ 100 mil e tenha o porte de arma cancelado definitivamente. 

Relembre o caso

Em outubro do ano passado, às vésperas do segundo turno das eleições, Zambelli, que apoiava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), discutiu com um apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — à época, candidato à Presidência — em um bairro nobre de São Paulo.

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Carla Zambelli atravessou a rua com a arma empunhada, perseguindo o homem, e entrou em um bar. O segurança da parlamentar chegou a disparar uma arma durante a confusão, e foi preso.

A denuncia da PGR considerou que Zambelli não tinha autorização para usar arma ostensivamente em público. A parlamentar possuía porte de arma de fogo de uso permitido para defesa pessoal.

Após ser denunciada pelo órgão, a parlamentar afirmou em nota que vai apresentar a defesa no prazo legal. Além disso, a deputada reforçou que tinha porte de arma autorizado pela Polícia Federal e que, no ato, "somente sacou a arma pois foi dada voz de prisão à pessoa que injustamente lhe agredia e ameaçava por diversas vezes".

A deputada teve o porte de arma restrito e teve que entregar o revólver à Polícia Federal.

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