PL adia filiação de Bolsonaro após "intensa troca de mensagens"
Nota neste domingo (14) informa sobre adiamento da filiação, sem nova data para ocorrer
Marcada para o dia 22, a filiação de Jair Bolsonaro ao PL foi adiada e não tem nova data para ocorrer. A informação foi confirmada pelo partido, através de uma nota na manhã deste domingo (14).
Sem entrar em detalhes, o informe disse que a decisão ocorreu após "intensa troca de mensagens" do chefe do Executivo com o presidente do partido, Valdemar da Costa Neto.
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Em entrevista ao Estadão, neste domingo, nos Emirados Árabes, Bolsonaro disse que a filiação "só vale depois que eu assinar embaixo". “Tenho muita coisa a conversar com o Valdemar Costa Neto ainda. Afinal de contas, não é a minha bandeira que vai ficar isolada no partido dele. Queremos um projeto de Brasil e o discurso não é apenas o meu, mas do presidente do partido também, nós estarmos perfeitamente alinhados", disse o presidente.
Nas últimas semanas, Bolsonaro teve tratativas também com os partidos Progressistas e Republicanos, mas chegou a declarar que estava 99% acertado com o PL.
A costura da filiação, no entanto, enfrenta alguns desacordos. Um deles é no Ceará, no qual o PL é formado por aliados tanto do presidente como do governador Camilo Santana, do PT.
Um dos principais aliados de Bolsonaro, o deputado estadual André Fernandes (Republicanos), já havia manifestado a possibilidade de migrar para o PL diante da filiação do líder.
O presidente estadual da sigla, Acilon Gonçalves, prefeito do Eusébio e da base governista, disse, em nota, que só se manifestaria sobre a filiação após reunião com a Executiva nacional, que aconteceria também dia 22.
Mudança de partido
Eleito pelo PSL em 2018, Bolsonaro deixou a sigla em 2019 em meio a divergências com a cúpula, principalmente com o presidente Luciano Bivar.
Na ocasião, chegou a articular a criação so partido Aliança Pelo Brasil, que não passou da fase de coleta de assinaturas.
Segundo o mesmo comunicado, a decisão foi tomada 'de comum acordo', entre Costa Neto e Bolsonaro.
O PL é um dos principais partidos do grupo informal da Câmara conhecido como Centrão, que comporta ainda siglas como PP e PSD.