Legislativo Judiciário Executivo

PGR devolve inquérito sobre mandantes da morte de Marielle solicitando mais investigações à PF

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, acatou o pedido e deu mais 60 dias para que os agentes federais consigam mais provas, diz jornal

Escrito por Redação ,
Domingos e Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa
Legenda: Foram presos os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa
Foto: Reprodução

A Procuradoria Geral da República (PGR) devolveu o inquérito que investiga os envolvidos nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes ao Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde desta quarta-feira (27). As informações são da colunista Vera Araújo, do jornal O Globo.

No documento, o órgão solicitou à Polícia Federal a realização de mais diligências para fundamentar a investigação do caso. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, acatou o pedido e deu mais 60 dias para que os agentes federais consigam mais provas.

Foram presos pela Polícia Federal (PF), no Rio de Janeiro, no último domingo (24), o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Brazão; o irmão dele, o deputado federal Chiquinho Brazão; e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, os três são suspeitos de planejar as mortes.

A partir das prisões, a PGR é responsável por analisar o inquérito para denunciar, ou não, os indiciados. Eles vão seguir presos em presídios federais.

Veja também

QUEM SÃO OS MANDANTES DO CRIME

Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, apontados como mandantes dos assassinatos, possuem longa experiência em mandatos eletivos pelo Rio de Janeiro. Domingos é conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro atualmente, mas já exerceu cargo como deputado estadual e como vereador na capital carioca.

Já Chiquinho está no segundo mandato como deputado federal, mas já passou pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e chegou a ser colega de Marielle Franco na Câmara de Vereadores. Ambos tem como reduto eleitoral a Zona Oeste do Rio, região dominada pela milícia.

Suspeito de atrapalhar as investigações, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, foi empossado neste cargo um dia antes da morte de Marielle pelo então interventor federal no Rio, Walter Braga Netto — que viria a ser ministro do Governo Jair Bolsonaro (PL).

Rivaldo Barbosa conheceu os familiares da vereadora Marielle Franco, incluindo os pais dela. Ele chegou a abraçá-los e prometer que resolveria o crime. "Estamos diante de um caso extremamente grave e que atenta contra a dignidade da pessoa humana e contra a democracia", disse em março de 2018.

Assuntos Relacionados