Legislativo Judiciário Executivo

"Não aceitarei ser ameaçado", diz Davi Alcolumbre sobre sabatina de André Mendonça

Em nota, senador negou estar negociando a sabatina em troca de favores políticos

Escrito por Estadão Conteúdo ,
Presidente da Comissão de Constituição (CCJ), Davi Alcolumbre
Legenda: O presidente da CCJ é pressionado por colegas para pautar a indicação
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente da Comissão de Constituição (CCJ), Davi Alcolumbre, evocou para si a autonomia de decisão sobre a indicação de André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF). Após ser criticado publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o senador afirmou que não aceita ser "ameaçado" e negou estar negociando a sabatina em troca de favores políticos.

Davi Alcolumbre

"Tenho sofrido agressões de toda ordem. Agridem minha religião, acusam-me de intolerância religiosa, atacam minha família, acusam-me de interesses pessoais fantasiosos. Querem transformar a legítima autonomia do presidente da CCJ em ato político e guerra religiosa", diz a nota de Alcolumbre, divulgada após críticas públicas de Bolsonaro.

O presidente da CCJ é pressionado por colegas para pautar a indicação. Além disso, há apelos e críticas de líderes evangélicos favoráveis a André Mendonça no STF.

"Reafirmo que não aceitarei ser ameaçado, intimidado, perseguido ou chantageado com o aval ou a participação de quem quer que seja".

Sem troca de favores

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou, na segunda-feira (11), um pedido para obrigar o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a marcar a sabatina de André Mendonça para a vaga aberta na Corte.

"Jamais condicionei ou subordinei o exercício do mandato a qualquer troca de favores políticos com quem quer que seja", afirmou Alcolumbre na nota, destacando que "a mais alta Corte do país ratificou a autonomia do Senado Federal para definição da pauta."

A declaração rebate as críticas de que o senador estaria segurando a indicação para pressionar o Palácio do Planalto a liberar verbas de emendas parlamentares de interesse do presidente da CCJ.

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