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Em clima de campanha, Eduardo Leite recebe apoio em evento com lideranças tucanas no Ceará

Tucano encontrou aliados em evento na Assembleia Legislativa do Ceará promovido pelo senador Tasso Jereissati (PSDB)

Escrito por Igor Cavalcante , igor.cavalcante@svm.com.br
Eduardo Leite
Legenda: Ex-governador Eduardo Leite
Foto: Fabiane de Paula

Cercado de aliados do senador cearense Tasso Jereissati (PSDB), o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), desembarcou no Ceará, nesta quarta-feira (20), e encontrou um clima de campanha em torno de seu nome como pré-candidato à Presidência da República. O tucano tenta se viabilizar na corrida ao Palácio do Planalto mesmo depois de perder nas prévias do partido para o ex-governador de São Paulo, João Dória (PSDB).

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Na teoria, a ideia de trazer Leite ao Ceará foi para que ele palestrasse sobre os desafios de governar um estado polarizado. Na prática, o tucano recebeu acenos de que seu nome tem apoio do PSDB do Ceará em uma eventual candidatura. O evento reuniu lideranças estaduais e municipais do PSDB-CE na Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE). 

O ex-governador gaúcho aproveitou para fazer críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Leite reafirmou que não tem planos de dividir o PSDB e adotou um tom conciliador ao fazer referência a Doria. Os dois ex-mandatários tiveram reunião na última terça-feira (19) para tentar uma pacificação na sigla.

Eduardo Leite
Legenda: Ex-governador recebeu apoio de aliados
Foto: Fabiane de Paula

“Foi uma conversa boa e respeitosa, que me deixou convencido de que vamos ter um partido conciliador (...) Essa conversa não muda minha agenda, nem minha disposição de construir convergência, até porque não estou me colocando como candidato a nada, estou colocando apenas minha experiência e minha trajetória em favor do Brasil”, disse.

“Não contem comigo para dividir o PSDB, estou aqui para unir, para juntar. Por isso, todo meu esforço vem no sentido da gente promover conciliação, de estar junto para resolver os problemas. Quem quer governar o Brasil tem que saber unir o povo, e se quer unir o povo tem que ter condição de unir o próprio partido”
Eduardo Leite (PSDB)
Ex-governador do Rio Grande do Sul

“Primeira via”

Eduardo Leite ainda ressaltou que acredita em um nome que possa fazer frente a Lula e a Bolsonaro.

“Não tenho dúvidas (de uma terceira via), prefiro até chamar de primeira via, que será de união, convergência, que não pretende colocar os brasileiros contra brasileiros. Por isso, vamos construir um ambiente viável a essas candidaturas tão divisivas, que coloca o sentimento de nós contra eles, de ricos contra pobres, de regiões contra regiões, de homens contra mulheres, isso não representa o Brasil”, concluiu.

Tasso Jereissati e Eduardo Leite
Legenda: Tasso Jereissati e Eduardo Leite
Foto: Fabiane de Paula

Um dos principais apoiadores do nome de Leite à presidência da República, Tasso Jereissati elogiou o ex-governador do Rio Grande do Sul e o definiu como uma “esperança para o Brasil”. 

"Você é uma grande esperança no PSDB e também no país, você representa hoje o novo PSDB, o novo no sentido do que vem com juventude, cabeça aberta, mentalidade e disposição, mas trazendo consigo os princípios e a ética do velho PSDB”
Tasso Jereissati (PSDB)
Senador

“Terceira via”

Evento
Legenda: Evento ocorreu na Assembleia Legislativa do Ceará
Foto: Fabiane de Paula

O parlamentar ainda comentou sobre a dificuldade de se chegar a um nome para a chamada “terceira via”. “Está faltando desprendimento para todo mundo para escolher aquele com mais capacidade de aglutinar, bom senso e que seja conciliador”, afirmou.

Eduardo Leite também recebeu apoio do ex-senador e futuro presidente do PSDB-CE, Chiquinho Feitosa.

"É a pessoa para unir o Brasil em torno da geração de emprego, que é o que todos querem: que a gente siga em frente diminuindo a pobreza, o sofrimento de cada brasileiro que hoje é excluído do mercado de trabalho”, disse.
Chiquinho Feitosa (PSDB)
Ex-senador

“Ele é o novo com a experiência. Esse rapaz, com 37 anos, que já foi vereador, presidente de câmara municipal, prefeito e vereador, exatamente tudo que a gente poderia querer para um Brasil que todos nós almejamos e queremos”, concluiu.

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