Nordestinos relatam xenofobia nas redes sociais após primeiro turno das eleições

A expressão "Cuba do Sul" tornou-se um dos assuntos mais comentados no Twitter

Escrito por Redação ,
Várias zonas eleitorais foram marcadas por sujeira neste domingo de eleições
Legenda: Brasileiros foram às urnas para o primeiro turno no último domingo (2)
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Nordestinos foram alvo de xenofobia após o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais, nesse domingo (2). Na internet, eleitores de Jair Bolsonaro (PL) publicaram críticas à população do Nordeste, já que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu em todos os estados da região.

Nesta segunda-feira (3), a expressão "Cuba do Sul" tornou-se um dos assuntos mais comentados no Twitter. Apoiadores do chefe do Executivo afirmaram que o Nordeste quer fazer do Brasil uma nova Cuba, em referência ao comunismo e à crise econômica. Nordestinos rebateram as críticas e acusaram os internautas de xenofobia.

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No início da computação dos votos, enquanto a maioria das urnas apuradas era do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o atual presidente liderava. Quando a apuração de votos do Nordeste foi consolidada, Lula obteve 10,96 pontos percentuais de vantagem em relação ao oponente, fazendo com que o petista assumisse a liderança dos votos. 

No fim, Lula ficou com 48,43%, contra 43,20% de Bolsonaro.

Veja tuítes sobre nordestinos que viralizaram no Twitter

Lula vence em todos os estados do Nordeste

O candidato Lula venceu em todos os estados do Nordeste. A região deu ao petista 12,9 milhões de votos de vantagem em relação a Bolsonaro. O ex-presidente também foi maioria nas capitais nordestinas. Maceió foi a única em que Lula não teve a preferência dos eleitores.

O placar do primeiro turno presidencial no Nordeste ficou em 66,7% para Lula, contra 27% para Bolsonaro.

Xenofobia é crime

Xenofobia é considerada crime no Brasil. De acordo com a Lei 9459, de 13 de maio de 1997, serão punidos os crimes “resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.

A pena é reclusão de um a três anos e multa por "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional".

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