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Defesa de Bolsonaro diz à PF que vai entregar segundo conjunto de joias ao TCU

Os advogados pedem que as peças fiquem sob guarda do TCU até que seja decidido para onde elas vão

Escrito por Redação ,
Bolsonaro durante visita à Arábia Saudita
Legenda: Bolsonaro ganhou presentes durante viagens à Arábia Saudita
Foto: José Dias/PR

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) avisou que vai entregar ao Tribunal de Contas de União (TCU) o segundo conjunto de joias presenteado à comitiva brasileira durante viagem à Arábia Saudita. Segundo documento enviado na tarde desta segunda-feira (13) à Polícia Federal (PF), os advogados pedem que as peças fiquem sob guarda do TCU até que seja decidido para onde elas vão. 

“Considerando, ainda diante do quanto ventilado nos veículos de imprensa, vem também informar que nesta data peticionou junto ao Tribunal de Contas da União, requerendo que os bens objeto de representação naquela Corte de Contas, os quais, ao que parece, seriam os mesmos objeto da dita investigação nesta Delegacia de Polícia Federal, sejam depositados naquele juízo, até ulterior decisão acerca dos mesmos”, escreveu a defesa de Bolsonaro na petição. 

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As joias, um relógio, uma caneta, um anel e outros itens de luxo da marca Chopard, foram presentados a Michelle Bolsonaro pelo então presidente da Arábia Saudita em 2021. Elas são um segundo conjunto, a parte do primeiro de R$ 16,5 milhões retido pela Receita Federal (RF).

Joias
Legenda: Conjunto de joias e relógio avaliado em R$ 16,5 milhões e seria para a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro
Foto: Reprodução/Twitter

Investigação 

A Polícia Federal irá investigar a tentativa do governo de Jair Bolsonaro (PL) de trazer ilegalmente para o País joias avaliadas em 3 milhões de euros, o equivalente a R$ 16,5 milhões, da Arábia Saudita. O inquérito, aberto  segunda-feira (6), foi assinado pelo ministro Flávio Dino (PSB) e encaminhado ao diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. 

Em documento enviado à PF, o Ministério da Justiça e Segurança Pública solicitou "apuração de possíveis fatos criminosos". A investigação ficará a cargo da Superintendência da PF em São Paulo, local onde as joias foram apreendidas.

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