Após reunião com ex-governadores do Ceará, Lúcio Alcântara reafirma apoio a Capitão Wagner em 2022

O ex-chefe do Executivo estadual avaliou ainda que disputa poderá ser mais competitiva para oposição

Escrito por
Felipe Azevedo felipe.azevedo@svm.combr
(Atualizado às 16:02)
Ex-governador Lúcio Alcântara durante reunião do Conselho de Governadores, no Palácio da Abolição.
Legenda: Ex-governador Lúcio Alcântara esteve ao lado dos outros gestores cearenses na tarde desta segunda-feira (21), no Palácio da Abolição.
Foto: Fabiane de Paula

O ex-governador do Ceará Lúcio Alcântara voltou a afirmar que vai apoiar o pré-candidato Capitão Wagner (Pros) ao Governo do Estado nas eleições de outubro.  Ele acredita ainda que, dessa vez, a oposição terá maior competitividade na disputa pelo comando do Estado. O ex-chefe do Executivo participou do Conselho de Governadores do Ceará nesta segunda-feira (21), no Palácio da Abolição.  

Veja também

A fala de Lúcio Alcântara ocorreu logo após a reunião do conselho, que reuniu o governador Camilo Santana (PT), a vice Izolda Cela (PDT), e os ex-governadores Ciro Gomes (PDT), Cid Gomes (PDT), Tasso Jereissati (PSDB), Gonzaga Mota e Chico Aguiar.  

No evento, foi apresentado o Ceará 2050 — planejamento de médio e longo prazo para o Estado construído no atual Governo.  

Em 2021, Lúcio Alcântara já havia indicado que, caso se concretize a candidatura de Wagner ao Palácio da Abolição, o nome da oposição teria o seu apoio.  

“Acho que nós vamos ter uma eleição muito disputada, vai ser uma eleição realmente em que a oposição vai ter uma competitividade. O resto é a campanha quem vai dizer [...] eu apoio o Capitão Wagner”, reforçou o ex-governador ao deixar o Palácio da Abolição. 
Lúcio Alcântara
Ex-governador do Ceará (2003-2007)

Contexto político

Em sua carreira política, Lúcio foi eleito vice-governador na chapa com Ciro Gomes e ocupou o cargo entre 1991 e 1994. 

Antes aliado do grupo governista, ele se distanciou e passou a integrar a oposição quando, em 2006, perdeu a reeleição para Cid Gomes, irmão de Ciro, na disputa pelo Governo do Estado. 

Ainda em 2017, Lúcio articulou para que o então deputado estadual Capitão Wagner pudesse presidir o extinto Partido da República no Ceará - a sigla viria a se chamar Partido Liberal (PL) após liberação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2019. 

As tratativas, no entanto, não obtiveram êxito, e Wagner acabou se filiando ao Pros, sigla da qual deve se desfiliar, para assumir o comando do União Brasil no Ceará.

Ciro, Tasso, Camilo e Cid no Pecém
Legenda: Última aparição pública de ex-governadores ocorreu em fevereiro, no Porto do Pecém
Foto: Fabiane de Paula

Reunião de governadores

A última vez em que os ex-governadores cearenses estiveram publicamente reunidos foi em fevereiro, em um evento de entrega da expansão do Porto do Pecém. O momento, no entanto, não fazia parte de uma agenda do Conselho de Governadores.

Alcântara foi o único governador cearense dos últimos 20 anos que não esteve presente na solenidade. Compareceram Tasso Jereissati (PSDB), Ciro Gomes (PDT), Cid Gomes (PDT) e Camilo Santana (PT) 

O Governo do estado argumentou, através de assessoria, que houve falha no cerimonial ao organizar o evento e que de fato não houve convite formal. Tanto o Palácio quanto Lúcio, na ocasião, disserem manter boa relação.

Assuntos Relacionados