Antes de divulgar nota oficial sobre o conflito entre Poderes, Jair Bolsonaro (sem partido) se reuniu com o ex-presidente Michel Temer em Brasília, e inclusive mandou busca-lo em São Paulo em um avião da frota presidencial na tarde desta quinta-feira (8).
No que encontro que durou cerca de quatro horas, Temer teria aconselhado Bolsonaro a publicar um "manifesto de pacificação" para reaproximar os poderes. A informação foi dada ao G1 por assessores que acompanharam a reunião.
Reunião teria durado até as 16h15, segundo a publicação. A "Declaração à Nação" de Bolsonaro foi publicada dez minutos depois no site do Governo Federal.
Ligação para Alexandre de Moraes
Temer ainda teria feito uma ponte entre Bolsonaro e Alexandre de Moraes por meio de uma ligação telefônica.
Conforme o G1, a conversa teve tom "institucional" e foi "amena". Nas últimas semanas, e de forma mais agressiva no 7 de setembro, Bolsonaro atacou Moraes e chegou a chamá-lo de "canalha".
Nota de Bolsonaro
Na nota oficial, Bolsonaro comentou os recentes conflitos e tensões entre ele e instituições legislativas e judiciárias. E frisou: "Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes".
No texto, intitulado de "declaração à nação" e publicado pelo Palácio do Planalto, o presidente assume que suas palavras foram "por vezes, contundentes" e decorreram "do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem".
Ele citou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a quem chamou de "canalha" durante os atos de 7 de setembro e proferiu ameaças.