Mesmo com a carta de anuência concedida pelo diretório estadual do PDT no Ceará para sair do partido, o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão (PDT), corre o risco de ter o mandato disputado na Justiça Eleitoral caso efetive a desfiliação, o que chamou de "perseguição" por parte da Executiva nacional do PDT.
"Desde o ano passado que vem essa perseguição. Começou na época da campanha, onde eu - pode pegar na minha prestação de contas -, não recebi um único centavo por parte do partido. E agora, a Executiva Nacional, pegando a informação que você está me passando, disse que vai judicializar. Eu lamento essa perseguição, lamento essa falta de respeito para com a decisão do diretório estadual e agora vamos discutir isso nas esferas que assim caiba", disse Evandro nesta terça-feira (29).
A declaração foi feita após o deputado estadual ser informado, pela reportagem do Diário do Nordeste, da declaração do presidente licenciado do PDT e ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), de que o o Diretório Nacional do partido irá disputar judicialmente o mandato de Evandro na Assembleia Legislativa.
"Já estamos entrando com uma ação para coibir isso, porque fere o estatuto do partido", alegou Lupi ao Diário do Nordeste. A posição é a mesma da defendida pelo deputado federal André Figueiredo (PDT), que assumiu a presidência da Executiva Nacional do PDT durante a licença de Lupi.
“Não existe a possibilidade de haver uma carta de anuência sem a aquiescência da direção nacional”, acrescentou Figueiredo, ainda na sexta-feira (25), pouco depois do diretório do PDT Ceará — comandado provisoriamente pelo senador Cid Gomes (PDT) — conceder a anuência a Leitão.
O Diário do Nordeste entrou em contato com a assessoria do presidente do PDT nacionalmente, André Figueiredo, sobre as declarações feitas por Evandro Leitão. A reportagem será atualizada quando houver um posicionamento.