Brasil importará 2 milhões de doses de vacina da Índia, após laboratórios assegurarem fornecimento
Os anúncios vêm após o CEO do Instituto Serum, Adar Poonawalla, afirmar, no último domingo (3), que não haveria permissão do governo local para a exportação dos imunizantes
Os laboratórios Serum Institute e Bharat Biotech, da Índia, emitiram nota conjunta na manhã desta terça-feira (5) assegurando o fornecimento global de vacinas contra a Covid-19 produzidas no país. Devido a isso, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou a importação de 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca com a Universidade de Oxford produzida no país asiático, que devem começar a chegar ainda neste mês de janeiro.
Os anúncios vêm após o CEO do Instituto Serum, Adar Poonawalla, afirmar, no último domingo (3), que não haveria permissão do governo local para a exportação dos imunizantes. A fala suscitou preocupações no Brasil, que já a vacina desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com Universidade de Oxford, principal aposta do Ministério da Saúde para imunização dos brasileiros, é fabricada em solo indiano.
"As duas companhias comunicam a intenção conjunta de desenvolver a produção e fornecimento de vacinas contra a covid-19 para a Índia e o mundo", diz a nota. "Vacinas são um bem de saúde pública global e têm o poder de salvar vidas e acelerar o retorno da economia à normalidade o mais cedo possível", acrescenta. Não há citação específica, contudo, ao imunizante da AstraZeneca e da Oxford.
"Pai" da polêmica, Poonawalla compartilhou o comunicado dos laboratórios em seu Twitter e chamou o suposto veto à exportação das vacinas de "falha de comunicação". "As exportações de vacinas são permitidas para todos os países. (...) Estamos todos unidos na luta contra esta pandemia", publicou.
This should clarify any miscommunication. We are all united in the fight against this pandemic. https://t.co/oeII0YOXEH
— Adar Poonawalla (@adarpoonawalla) January 5, 2021