Venda de carros elétricos no Ceará dobra no 1º semestre de 2021

Mercado de eletrificados vem crescendo em todo o Brasil

Escrito por Lívia Carvalho ,
Legenda: Mercado deve crescer ainda mais nos próximos anos
Foto: Shutterstock

Com um mercado em crescimento, as vendas de veículos eletrificados aumentaram 114% no primeiro semestre de 2021 em comparação com mesmo período do ano anterior no Ceará. Os dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) demonstram que somente neste ano 248 unidades foram emplacadas no estado.  

O segmento de automóveis registrou um aumento de 48% com 102 unidades vendidas, já o de comerciais leves aumentaram de 47 para 146 (210%), puxados principalmente pelos veículos utilitários. 

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Para Thiago Sugahara, vice-presidente de Veículos Leves, está sendo operada uma transformação na indústria automotiva do Brasil nos últimos oito anos, com um avanço crescente do número de unidades vendidas.  

Enquanto em 2012 foram comercializadas 117 unidades eletrificadas, o número saltou para 19.745 em 2020, no Brasil. 

A expectativa para 2021 é de que o valor ultrapasse 30 mil, já que até o mês de junho os registros do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) apontam que 13.899 veículos foram emplacados.  

“O início da produção local foi um fator muito importante, além do aumento da oferta de modelos dando mais possibilidades. O salto maior vem de veículos híbridos, no ano de 2020 foram emplacados quase 19 mil veículos híbridos”, explica Sugahara. 

Mercado local 

Acompanhando a tendência nacional, o mercado local também vem apresentando crescimento. Mesmo com a pandemia, a recuperação do mercado cearense de eletromobilidade já estava clara no segundo semestre de 2020, quando os emplacamentos chegaram a 292 unidades. 

De janeiro a dezembro do ano passado, o Ceará vendeu 408 unidades de veículos eletrificados. Com o resultado, o estado ficou em 12º lugar do País em número de carros vendidos. São Paulo lidera a lista com mais de 6 mil emplacamentos.  

  1. São Paulo: 6850
  2. Minas Gerais: 1616
  3. Santa Catarina: 1307
  4. Paraná: 1215
  5. Rio de Janeiro: 1159
  6. Rio Grande do Sul: 1043
  7. Distrito Federal: 936
  8. Bahia: 804
  9. Goiás: 603
  10. Pernambuco: 538
  11. Espírito Santo: 533
  12. Ceará: 408 

O resultado do primeiro semestre deste ano demonstra a preferência dos clientes ainda pelo modelo híbrido, ou seja, com motor elétrico e a combustão tanto de automóveis quanto de comerciais leves e utilitários.  

Automóveis Emplacamentos
Elétrico/gasolina 5
Elétrico/fonte externa 4
Elétrico/etanol/gasolina 93 
Comerciais leves/utilitários  Emplacamentos
Camionete elétrica/gasolina 9
Utilitário elétrico/gasolina 52
Utilitário elétrico/etanol/gasolina 85

*Fonte: Renavam-Registro Nacional de Veículos Automotores-Ministério de Infraestrutura/ABVE  

Eficiência energética  

Diante do alto preço dos combustíveis fósseis, os veículos eletrificados, mesmo com elevado custo, se tornam uma opção para economizar, especialmente diante a eficiência energética, conforme explica Sugahara.   

“O motor elétrico é extremamente eficiente, o problema do veículo elétrico é a autonomia, já que ainda não conseguem rodar tantos quilômetros sem recarga. O custo da bateria para um veículo puramente elétrico corresponde a 30% do valor do carro em alguns casos. Esse é o grande desafio atualmente”. 
Thiago Sugahara
vice-presidente da ABVE

 De acordo com o vice-presidente, a instalação de um motor elétrico em um carro dá várias possibilidades para a recuperação de energia. “Quando você freia no veículo híbrido, ele consegue converter a energia fazendo um auto carregamento. Além disso, reduz as emissões de carbono em até 40%”.  

Sugahara destaca ainda que o Brasil é uma potência para esse mercado de eletrificação e que o número de veículos eletrificados deve aumentar a cada dois anos no Brasil.  

Em paralelo ao crescimento do mercado de veículos elétricos e híbridos, cresce também a oferta de postos de recarga elétrica no primeiro semestre. O total de eletropostos públicos e semipúblicos no Brasil chegou a 754 no final de julho deste ano, mais do que o dobro dos aproximadamente 350 registrados no início do ano. 

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