Oi tentará trocar dívida por ações

Rio. Diante do impasse entre credores e acionistas no maior processo de recuperação judicial do País, o presidente da Oi, Marco Schroeder, defendeu a conversão imediata de parte da dívida de R$ 65 bilhões em participação acionária para os credores. A intenção é reduzir o endividamento da tele para cerca de R$ 20 bilhões e também o peso dos débitos em relação à geração de caixa, medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda).

Em termos de alavancagem, a empresa espera chegar a uma dívida de 2,5 vezes o Ebitda, contra o índice atual de 6 vezes. A consolidação do setor de telecomunicações depende da reestruturação da Oi. Para Schroeder, é preciso avançar na negociação com os credores, que não andou desde o pedido de recuperação judicial, em junho. A nova proposta deve ser colocada à mesa no início de 2017, para que o plano seja aprovado ainda no 1º semestre.

Essa não é a primeira vez que se levanta a possibilidade de a tele trocar dívidas por ações. Antes da recuperação judicial, Bayard Gontijo, ex-presidente da Oi, havia tentado esse caminho com os detentores de títulos da empresa.

À época, porém, a maior acionista individual da tele - a portuguesa Pharol, com 22% das ações - foi contra a ideia.