Governo avalia nova liberação de FGTS a quem ganha mais de R$ 5 mil

A ideia é tentar estimular a economia com nova injeção de recursos

Escrito por Redação ,
Legenda: Faixa salarial acima de R$ 5 mil sofreu mais perdas com redução de jornada
Foto: Foto: José Leomar

Integrantes da equipe econômica avaliam a possibilidade de promover uma segunda rodada de saques de contas ativas do FGTS, o bilionário fundo que opera recursos dos trabalhadores, como forma de ajudar aqueles que têm rendimentos mensais acima de R$ 5 mil e que sofreram perdas com a crise causada pelo coronavírus.

A ideia, segundo técnicos, é tentar estimular a economia com uma nova injeção de recursos que poderá variar entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões, no total entre os que concentram cerca de 40% da massa salarial e metade do consumo do País. Na avaliação dos assessores do Governo, esse grupo foi o que sofreu mais perdas com a medida de redução de jornada.

Na quarta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro editou Medida Provisória incorporando o PIS-Pasep ao FGTS e autorizando saques de até R$ 1.045 por cotista. A medida permitiu colocar cerca de R$ 36 bilhões para circular na economia no momento em que o governo liberou a redução da jornada e do salário como forma de evitar demissões.

A segunda rodada de saques poderá fazer parte de um novo pacote que a equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) prepara caso a crise se aprofunde depois de junho e seja preciso reforçar as ações emergenciais em curso para evitar que o País mergulhe em uma depressão.

Neste cenário, a economia sofre uma retração por mais de dois trimestres (recessão) e o cenário é marcado por uma série de efeitos danosos, como a falência generalizada de empresas e a baixa no comércio internacional.

Retração

O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta uma retração de 3% na economia global neste ano, pior resultado desde a depressão de 1929.

No Brasil, Paulo Guedes, que no início minimizou os impactos da crise deflagrada pela pandemia do novo coronavírus, já passou a prever uma queda de 4% no PIB este ano caso o isolamento social se prolongue além de julho.

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