Estado deverá ter sede do Ibre/FGV Nordeste nos próximos anos

A informação foi confirmada pelo secretário executivo de Planejamento e Orçamento da Seplag, Flávio Ataliba, que foi convidado para integrar o grupo de pesquisadores associados da instituição nacional

Escrito por Samuel Quintela , samuel.Quintela@svm.Com.Br
Legenda: Flávio Ataliba também será colunista da revista do Ibre/FGV.
Foto: Fabiane de Paula

A economia do Nordeste e do Estado poderá ganhar mais destaque nas discussões dentro do cenário nacional nos próximos anos. Isso porque o Ceará deverá ganhar uma sede do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A informação foi confirmada pelo secretário executivo de Planejamento e Orçamento da Secretaria de Planejamento do Estado (Seplag), Flávio Ataliba, que foi convidado para ser o primeiro pesquisador associado no Nordeste do Ibre/FGV.

De acordo com Ataliba, a entrada no grupo de pesquisadores da instituição será benéfica para ampliar a discussão sobre os impactos da economia nacional nas questões relacionadas ao desenvolvimento regional. Ele ainda aproveitou para enaltecer a qualidade dos membros do grupo de pesquisadores do Instituto.

"Fui convidado para ser pesquisador associado do Ibre/FGV, e lá tem um grupo de pesquisadores de muita alta qualidade. O Instituto tem uma agenda para acompanhar a conjuntura nacional e os principais problemas da economia. Fui convidado a participar para trazer a discussão sobre o Nordeste à pauta nacional, dando o destaque do Ceará e das nossas políticas públicas exitosas", disse Flávio.

O secretário executivo da Seplag comentou que a entrada no grupo do Ibre pode ajudar o Nordeste a recuperar o nível de relevância para as discussões sobre economia que um dia a Região já teve. Para ele, é preciso fazer com que o Nordeste possa reduzir a diferença entre a participação no Produto Interno Bruto (PIB) nacional, que hoje é de cerca de 4%, e a parcela da população brasileira que mora na Região, pouco mais de 28%.

Um dos pontos que podem ajudar nessa discussão é a criação do Ibre Nordeste - sede do Ibre no Ceará -, que será implementado nos próximos anos. "Temos 4% do PIB, mas 28% da população do País, então há essa diferença entre a riqueza gerada e o nosso povo. O Ibre Nordeste vai centralizar e dar institucionalização, além do BNB (Banco do Nordeste), aos estudos e pesquisadores voltados para a nossa Região. Teremos mais uma instituição para pensar sobre o desenvolvimento regional. Além do BNB, o Ibre vai enriquecer a discussão sobre as políticas públicas para todos os estados", comentou.

Ações

Outro ponto destacado por Flávio foi o possível impulsionamento das iniciativas já desenvolvidas atualmente para promover a evolução da economia do Nordeste, como o consórcio desenvolvido por parte dos governadores da Região. Entre as medidas já aplicadas pelo projeto estão as negociações coletivas para compras de investidores e empresas de fora do País. A última negociação envolveu itens de saúde e utensílios hospitalares comprados com empresas europeias.

"Cada Estado tem políticas próprias, mas é preciso, contando com o Consórcio Nordeste, pensar o desenvolvimento da Região. Nos últimos anos, nós perdemos essa capacidade de discutir o Nordeste como um todo, os projetos em comum que podem ter impacto na Região", apontou Ataliba. O secretário executivo de Planejamento ainda deverá fazer parte da equipe de colunistas da revista do Ibre nas próximas edições.

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