Com pressão de alimentos e gasolina, inflação de março chega a 0,75%
O grupo alimentação apresentou maior contribuição para o aumento da inflação, com alta de 0,34%
A inflação oficial brasileira acelerou e fechou março em 0,75%, acima dos 0,43% do mês anterior, informou nesta quarta-feira (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a maior taxa desde junho de 2018, quando os preços sofreram impactos da greve dos caminhoneiros.
Para um mês de março, foi a maior inflação desde 2015. O aumento foi puxado pelo grupo alimentação (0,34%), os itens que se sobressaíram foram: tomate (31,84%), batata (21,11%) e feijão (12,93%) , o grupo transportes apresentou a segunda maior contribuição 0,26%, impactado pela alta no preço da gasolina.
No primeiro trimestre, a inflação soma 1,51%, a maior para o período desde 2016. Em 12 meses, a inflação acumulada é de 4,58%, próximo ao centro da meta estabelecida pelo governo, de 4,5%, com com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Foi o maior indicados desde fevereiro de 2017, quando chegou a 4,76%.
O último relatório Focus, do Banco Central, mostra que o mercado espera que o IPCA feche o ano em 3,9%. Na ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), o BC projeta 4,1%.