Linda Evangelista diz estar 'brutalmente desfigurada' após criolipólise: 'irreconhecível'

Supermodelo, sucesso nos anos 1990, revelou ter sofrido efeito colateral, o que a levou a ter depressão

Escrito por Redação ,
Linda Evangelista em evento em 2015
Legenda: Top model, sucesso nos anos 1990, entrou em depressão após procedimento
Foto: Astrid Stawiarz/Getty Images for Fragrance Foundation

A supermodelo Linda Evangelista, sucesso nos anos 1990, revelou, no fim da noite dessa quarta-feira (22), ter ficado deformada após passar por um procedimento estético malsucedido há mais de cinco anos. Segundo relato publicado no Instagram da top model, ela está "irreconhecível".

"Para meus seguidores que se perguntam por que eu não tenho trabalhado enquanto as carreiras de meus colegas têm prosperado, a razão é que eu fui brutalmente desfigurada pelo procedimento CoolSculpting de Zeltiq [criolipólise], que fez o oposto do que prometia", pontuou a supermodelo, atualmente com 56 anos.

De acordo com ela, o procedimento, em vez de diminuir as células de gordura da paciente, fê-las aumentarem, deixando a modelo "permanentemente deformada" mesmo após duas cirurgias corretivas dolorosas.

Com isso, Linda Evangelista desenvolveu Hiperplasia Adiposa Paradoxal (HAP) — uma espécie de área endurecida da gordura localizada, segundo o UOL —, risco do qual Linda não foi avisada, conta, antes dos procedimentos.

"A HAP não apenas destruiu meu meio de vida, mas também me enviou a um ciclo de profunda depressão, profunda tristeza e às profundezas da autoaversão", lamentou, afirmando ter se tornado reclusa durante o processo.

"Com esse processo, estou avançando para me livrar da minha vergonha e ir a público com a minha história. Estou tão cansada de viver assim. Eu gostaria de sair pela minha porta com a mão erguida, apesar de não parecer mais eu mesma".

Criolipólise

Conforme a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a criolipólise é um procedimento estético não invasivo, sem cortes, que reduz camadas de gordura em áreas difíceis, como abdômen, região interna da coxa e costas. O aparelho utilizado possui ventosas, e o aplicador escolhido depende da quantidade de gordura e da área corporal escolhida.

A criolipólise ataca apenas as células de gordura na região da aplicação usando tecnologia de resfriamento controlado, a qual trata a área sem causar danos nos tecidos ao redor.

Montagem com fotos de Linda Evangelista mais jovem (à esquerda) e em 2011 (à direita)
Legenda: Linda Evangelista dividiu passarelas e ensaios fotográficos com modelos como Naomi Campbell e Cindy Crawford
Foto: reprodução/Instagram; Kathy Hutchins/Shutterstock

Conforme a entidade, um único procedimento pode reduzir 25% de gordura, e o resultado pode ser percebido de dois a três meses —  prazo em que outro procedimento pode ser feito no mesmo local.

A SBD indica que as contraindicações são mínimas, como hérnia e urticária, e o procedimento pode ser realizado por pessoas diabéticas e cardíacas.

Hiperplasia Adiposa Paradoxal (HAP)

De acordo com o jornal O Globo, a HAP tem taxa de incidência de 0,025% — um caso a cada 4 mil sessões — segundo os fabricantes de um dos aparelhos.

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Nos casos de HAP, conforme a dermatologista Daniela S. Pimentel, membro da SBD, o efeito colateral pode ser visto mesmo com a pessoa vestida. À publicação, ela explicou que a região submetida fica com o mesmo formato da ponteira usada na criolipólise — parecendo um "estojo" ou um "pote de sorvete" por baixo da roupa.

Para tratar o problema, a médica aponta tratamento com lipoaspiração, que remove as células de gordura da região em cirurgia. O resultado, segundo ela, fica "perfeito".

No entanto, frisa Pimentel, a HAP não pode ser confundida com um resultado abaixo do esperado por pacientes de criolipólise. Em razão disso, é importante que um profissional qualificado seja buscado para avaliação da existência do efeito colateral. 

Conforme o dermatologista Adilson da Costa, também professor associado adjunto de dermatologia na Emory University, em Atlanta, nos Estados Unidos, o procedimento deve ser feito por um médico habilitado e experiente.

"O paciente deve ser informado dos possíveis efeitos colaterais e assinar um termo de consentimento, onde ele assume os riscos junto com o profissional de saúde", alerta à publicação.

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