Ator Pedro Cardoso critica CNN em programa ao vivo na própria emissora: ‘o público fica refém’

O ator participava do ‘CNN Arena’ quando fez ponderações sobre a forma de atuação do canal

Escrito por Redação ,
pedro cardoso
Foto: Reprodução Instagram

O ator Pedro Cardoso, de 60 anos, participou ao vivo de um programa da CNN Brasil no qual ele foi convidado para comentar uma notícia envolvendo a ex-presidenta Dilma Rousseff. Na transmissão, nessa sexta-feira (24), o ator fez críticas à emissora e depois se manifestou nas redes sociais. 

No programa ao vivo, o ‘CNN Arena’, Pedro opinou sobre a notícia de que Dilma foi indicada para presidir o Banco do Brics. Na discussão, os apresentadores do programa questionavam a qualificação da ex-presidenta para assumir tal posto.

Na ocasião Pedro declarou: “Eu não sou um especialista nos assuntos que vocês estão tratando, eu sou um ator. Quero apenas dizer uma coisa a respeito do que estamos vivendo aqui. O público, quando está diante de um programa como esse, que estamos participando, está diante, na minha opinião, de duas notícias". 

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Em seguida, o ator argumentou que para ele existe a “notícia que está dita” , que é o fato em si, e outra notícia com elementos não tão explícitos: “A notícia de que isso está sendo noticiada neste veículo, por esta empresa, por estas pessoas", completou.

Na ocasião, Pedro convidou o público a refletir sobre o consumo de informação diante das características do programa da CNN Brasil. 

“Toda vez que o público está diante do programa, diante desse programa, me ocorre sugerir que se pergunte, o que é que o narrador desse programa quer narrando os fatos do modo que está narrando? O que essa empresa, CNN Brasil? Quem é o dono dela? Qual eleição que o dono fez desse elenco de profissionais? E por qual razão uma pessoa como eu, que sou comediante, fui convidado para participar aqui? E por que eu estou aqui?".
Pedro Cardoso
Ator

Críticas nas redes sociais

Neste sábado (25), o ator publicou no Instagram uma análise sobre a experiência de ter participado do programa e considerou ter sido um dos momentos “mais nebulosos de sua vida pública” e acrescentou “ontem foi triste”. 

“Eu me senti numa versão amena da Jovem Pan. Grande mentira muito bem fantasiada de excelso jornalismo. É grave. Se o comércio de notícias fosse mais honesto no Brasil, o fascismo teria tido maior dificuldade de chegar ao poder”, escreveu.

O ator disse ainda que o programa se organiza como um debate, mas que é falso. “No entretenimento de ontem, ninguém se ouvia, todos apenas falavam. Monólogos não produzem um diálogo”, afirmou.