Entenda por que o sono é importante para ter sucesso nas provas do Enem

Renata Botelho, otorrinolaringologista e medica do sono dá dicas de como dormir bem para ter um melhor rendimento durante a prova

Legenda: “Próximo da hora de dormir é interessante que a gente estabeleça uma rotina de sono”, explica Renata Botelho.
Foto: Shutterstock

Acordar cedo, ir para aula, passar o dia no colégio, dar conta de diversas matérias, fazer provas e simulados, estudar e revisar conteúdos, realizar atividades físicas diárias e ter contatos sociais. No final, parece que um dia teve 48 horas. O dia a dia do pré-vestibulando é sempre agitado, mas ter tempo de descanso é fundamental para um bom desempenho em dias de avaliações. Renata Botelho, otorrinolaringologista e medica do sono afirma que para ter uma boa qualidade do sono é preciso manter rotinas pré-determinadas e buscar não fugir dos horários estabelecidos. 

Além da rotina, é importante praticar exercícios e buscar se expor à luz logo pela manhã. “A luz quando entra no nosso olho atinge o nervo óptico que acaba bloqueando algum restinho de melatonina que pode estar circulando. Essa exposição solar ajuda no despertar e é muito importante para que a gente consiga ter um adequado ciclo sono vigília”, afirma Renata Botelho. 

Por falar em luz, atualmente os estudos se fazem por meio de telas, sejam do celular, tablet ou notebook, ou seja, o estudante passa o dia inteiro na frente de um visor iluminado, o que pode acabar por dificultar a hora do descanso. Renata Botelho sugere realizar pequenos intervalos durante o dia. Por exemplo, a cada uma hora fazer dar uma pausa de 10 minutos para descansar os olhos e a mente. Pode também fazer um alongamento, esticar as pernas para conseguir retornar a rotina de maneira mais disposta.  

Quantas horas devo dormir? 

No caso dos pré-universitários, a grande maioria são adolescentes ou jovens adultos. Renata aconselha uma média de nove horas de sono para essa faixa etária e afirma ser comum ocorrer um fenômeno chamado ”atraso fisiológico da fase do sono’”, no qual há uma maior produtividade durante a noite, fazendo com que a grande maioria passe a dormir e acordar mais tarde que o habitual.  

“Durante essa parte da noite, (os adolescentes) conseguem render mais estudando e produzindo ou até mesmo em processo criativo maior, com isso têm muita dificuldade de acordar de manhã cedo. Seria interessante que as escolas ou cursinhos que atendem esse público tivessem um início das aulas um pouco retardado, pelo menos umas 2 horas, para se adequar essa fase que ocorre na grande maioria dos indivíduos”, relata Renata. 

Dicas de como dormir melhor 

“Próximo da hora de dormir é interessante que a gente estabeleça uma rotina de sono”, explica Renata Botelho. A especialista também sugere que as pessoas diminuam a luminosidade do ambiente, que evitem, por pelo menos duas horas antes do horário que se pretende dormir, a exposição de telas, recuse alimentos ricos em gorduras devido à dificuldade de digestão, e que podem causar possíveis despertares durante a noite.  

“Cada um pode adequar a rotina de acordo com o que se sente melhor. Por exemplo: um banho, tomar um chá, fazer uma leitura, uma oração, uma meditação ou um alongamento. Há várias técnicas de relaxamento podem ser usadas para esvaziar a mente e conseguir iniciar o sono de forma adequada”, sugere.

Perigo do auto medicamento 

Após o início da pandemia, Renata Botelho observa um aumento da procura por atendimentos devido à dificuldade de dormir. Sejam por questões de ansiedade causada pelo confinamento prolongado, excesso de atividades em casa, distanciamento social, mudança de rotina, entre outros. Além disso, para os estudantes, houve a ruptura do ensino presencial, com as atividades sendo realizadas on-line.  

Estudar em casa, sem a companhia de amigos e professores, pode ter encadeado diversos problemas à saúde, como a falta de sono (insônia), excesso de sono (sonolência) ou dificuldades para relaxar. Como tentativa de solucionar essas dificuldades, os alunos buscam se automedicar. 

“Cuidado com o excesso substâncias energéticas, como a cafeína ou energéticos, pois podem provocar uma pior qualidade de sono. Naquele momento inicial pode até dar um efeito de espantar o sono, mas a longo prazo isso tem um efeito prejudicial”, adverte Renata Botelho. 

Dra. Renata Botelho Frota

CRM: 12001 
RQE: OTORRINO-6818 
RQE: MEDICINA SONO-6874

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A Unifor preparou um ambiente especial para os alunos tirarem as principais dúvidas sobre o Enem. Por meio de cadastro no portal oficial do Vem Enem, os estudantes podem conferir apostilas, vídeos de professores, simulados e outros conteúdos para potencializar os resultados na prova, tudo de forma gratuita. 

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