Meireles vê 50% de chance para aprovar Reforma

Escrito por Redação ,

Londres. A expectativa para a votação da Reforma da Previdência é fevereiro, e não em novembro, conforme afirmou ontem, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a jornalistas em Londres. Pela manhã, ele teve encontro com investidores e representantes de fundos de pensão. Alguns participantes relataram à imprensa após a reunião que o ministro teria dito que as chances de aprovação agora seriam de 50% ou, então, apenas em novembro, passada a eleição.

"A expectativa é em fevereiro, e não em novembro", afirmou agora fazendo questão de mostrar firmeza em sua resposta. Meirelles relatou que, durante a reunião, foi incitado a colocar um porcentual esperado para a aprovação, o que teria evitado por questões de precisão. "Então perguntaram: 'mas, então, tem pelo menos 50%?' Tem, tem sim, respondi", detalhou, acrescentando aos jornalistas que "a nossa expectativa é muito maior do que essa".

De acordo com o ministro, o mais importante é que a reforma seja aprovada e que o governo está trabalhando para isso. "O que se discute não é se haverá reforma, mas quando haverá a reforma. Idealmente, agora. Se não for agora, depois, mas que será feita uma reforma da Previdência no Brasil não tem dúvida", argumentou acrescentando que a situação atual da evolução das despesas e do déficit da Previdência não é sustentável. Não só a médio como a longo prazo.

Comércio com o Reino Unido

Meirelles se encontrou mais cedo com o ministro das Finanças britânico, Philip Hammond, e partirá para Davos para participar do Fórum Econômico Mundial de Davos. Meirelles e Hammond tiveram "conversas iniciais" sobre um possível acordo de livre comércio com o Reino Unido, que pode ser efetivado apenas depois do Brexit, como é chamada a saída dos britânicos da União Europeia.

"Mas as conversações já estão em andamento", relatou Meirelles a jornalistas, após encontro com sua contraparte em Downing Street.

Apesar de ter mostrado claro interesse pelo Brasil, as negociações, de acordo com o ministro da Fazenda, deverão ser feitas no âmbito do Mercosul, pois é algo mais abrangente. Hammond esteve no Brasil em julho do ano passado, quando se encontrou com Meirelles.

"Ele também recebeu muito bem a possibilidade de fundos de pensão brasileiros investirem nos mercados internacionais de acordo com retornos e equações de risco", salientou o ministro.

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