Distrito Industrial do Cariri receberá aporte de R$ 1,3 mi

Investimento deve adequar região para uso múltiplo, fortalecendo o desenvolvimento econômico local

Escrito por Antonio Rodrigues - Colaborador ,
Legenda: O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge de Lima, participou da solenidade. Na ocasião, foi assinado o Termo de Requalificação do Distrito Industrial do Cariri
Foto: FOTO: ANTONIO RODRIGUES

Crato. Durante a abertura do Fórum de Oportunidades e Promoção da Cultura Exportadora no Cariri, no Centro de Convenções, realizada nessa sexta-feira (23), foi assinado o Termo de Requalificação do Distrito Industrial do Cariri. Agora, a região será adequada para uso múltiplo, agrupando outras atividades de pequeno porte, de serviços, equipamentos públicos. Com isso, será investido R$ 1,33 milhão para a elaboração do Plano Diretor da área.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Cesar Ribeiro, uma empresa de consultoria foi contratada para realizar um estudo sobre a área, localizada entre as cidades de Crato, Juazeiro e Barbalha. "Ela irá, justamente, ajudar a entender melhor os caminhos, agregar valor e trazer grandes empresas e ser referentes para aumentar o desenvolvimento econômico do Estado", frisou.

O evento contou com a presença do ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge de Lima, que destacou a região do Cariri como o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará, com 8%. "Com o Distrito Industrial mais qualificado, nós criaremos uma corrente de comércio mais robusta, gerando mais empregos e empregos qualificados. Nós precisamos de um comércio mais forte e avançar com desenvolvimento econômico aqui na região do Cariri", destacou.

Exportação

O Fórum de Oportunidades e Promoção da Cultura Exportadora reuniu discussões sobre a importância do comércio exterior para a competitividade das empresas. Além disso, apresentou as estruturas estaduais e federais para o suporte deste tipo de comercialização.

O evento teve como público empresários, o poder público e também estudantes. A iniciativa é da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), com apoio do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) e da Secretaria-Executiva do Conselho Nacional de Zonas de Processamento de Exportações (ZPE).

Para o ministro Marcos Jorge de Lima, o Fórum é importante para a região do Cariri, que já apresenta produtos exportados. Ele afirma que o Ministério tem promovido condições para que as empresas de menor porte possam estar exportando pela primeira vez.

"Nós temos toda disposição de continuar contribuindo. O estado do Ceará teve R$ 2,6 bilhões em exportações. Ele está demonstrando disponibilidade, não só em zonas consolidadas como o Pecém, que se destaca, mas também com a interiorização", pontua. Cesar Ribeiro acrescenta que o Cariri tem um potencial muito grande e agora conta com mais oportunidades de logística, tanto portuárias como aéreas, que podem favorecer a indústria local, atraindo investimentos.

"A ideia é indicar os melhores caminhos, as melhores práticas. O empresário ainda tem muita dificuldade de entrar no mercado internacional, principalmente, o pequeno e micro", explica.

"O Cariri tem vários polos específicos que tem muita oportunidade, como folheados, artesanato. O que o estado pode oferecer nessas linhas diretas? É criar a cultura exportadora, indicar os caminhos. Quanto mais mercado e quanto maior a quantidade de vendas, maior a expectativa de crescimento e isso traz geração de emprego e renda, melhorando a qualidade de vida do cearense", completa.

Na programação, órgãos como o MDIC, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), com o Porto do Pecém e a Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE Ceará), apresentaram suas estruturas e soluções que visam estimular a exportação. No entanto, a consolidação de um equipamento como a Transnordestina foi pautada pelos empresários locais.

Transnordestina

O empresário Roberto Celestino acredita que o Cariri exporta muito pouco e que isso se deve pela questão logística. "Há uma demanda reprimida por causa dessa questão.

Esperamos que a Transnordestina seja concluída, pois vai transportar até o Pecém e SUAPE por um preço competitivo. Seria o modal que colocaria o Cariri no mundo e abre espaço para a fruticultura irrigada de maior valor agregado, como morango, uva", avalia. Por outro lado, ele ressalta que, com a reforma do pátio do Aeroporto de Juazeiro do Norte e, consequentemente, com a chegada de aeronaves maiores, a exportação será imapactada positivamente. Ano passado, o número de cargas aéreas cresceu 62%.

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