Agronegócio terá investimento de R$ 12 milhões

Recursos contam com aporte de R$ 5,5 mi do Estado do Ceará e mais R$ 6,96 mi de instituições parceiras

Escrito por Redação ,
Legenda: Cultivo de diferentes espécies de palma forrageira deve ser feita em diferentes áreas do Estado como parte das ações de apoio e reestruturação do agronegócio no Ceará Foto: Honório Pinheiro Cultivo de diferentes espécies de palma forrageira deve ser feita em diferentes áreas do Estado como parte das ações de apoio e reestruturação do agronegócio no Ceará
Foto: Foto: Honório Pinheiro

O agronegócio cearense deve passar uma reestruturação até 2020 com auxílio do governo estadual, que viu a necessidade de promover ações devido à incidência do sexto ano consecutivo de seca, segundo informou a Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece). O planejamento conta com o apoio de 19 projetos que deverão receber o aporte de cerca de R$ 12 milhões, dos quais R$ 5,5 milhões virão do Estado e R$ 6,96 milhões de instituições parceiras.

Com previsão para ter início ainda neste semestre, as ações devem incluir "projetos ligados aos setores de leite, ovinos e caprinos, tilápia, camarão, algodão, palma forrageira, caju, fruticultura, floricultura e carnaúba". A Adece informa ainda que os recursos devem ser aplicados ainda para atualizar informações sobre "os polos de produção do Ceará e informações econômicas dos setores em geral".

Atualização

"A ideia de reunir informações sobre os polos de produção do Ceará é uma atualização do que já havíamos feito anteriormente. No entanto, com a crise hídrica dos últimos seis anos, as produções sofrem mudanças. Precisamos rever essas informações com o intuito de nortear os investidores do Estado e aqueles que estão chegando. Também vamos fazer um diagnóstico do agronegócio cearense com propostas para o setor nos próximos 10 anos. Esse segundo trabalho será também em parceria com o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) e com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), da Universidade de São Paulo (USP)", comenta o diretor de Agronegócio da Adece, Sílvio Carlos Ribeiro.

Projetos

Ele ainda cita a implantação de programas para poços profundos para produtores de leite, que planeja a perfuração de 60 poços em parceria com uma indústria de laticínios em diversas áreas do Estado, e a montagem de quatro unidades-piloto de diferentes espécies de palma forrageira como ações prioritárias desse momento. "Vamos observar resistência e produção, trazer produtores para dias no campo, ensinar técnicas de colheita e de produção. Um recente estudo da Adece, que definiu os indicadores e critérios para o uso da água no setor pecuário, identificou a palma forrageira como uma das atividades agrícolas com menor consumo de água e maior produção em quilos por hectare, além de ter grande importância para a cadeia produtiva do leite", contou o diretor de Agronegócio.

Parcerias

A lista de parceiros reúne cerca de 10 entidades e instituições de ensino, entre elas estão: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE); Universidade Federal do Ceará (UFC); Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); União dos Agronegócios do Vale do Jaguaribe (Univale); Associação Caatinga; Associação dos Produtores de Leite do Ceará (Aprolece); e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Prefeituras e secretarias estaduais da Agricultura, Pesca e Aquicultura (Seapa), Desenvolvimento Agrário (SDA), Recursos Hídricos (SRH) e Planejamento e Gestão (Seplag) também serão parceiras na execução dos projetos.

A Universidade Federal do Ceará (UFC) e o Departamento Nacional de Combate à Seca (Dnocs) também participam da parceria com um programa com foco na produção intensiva de tilápia e camarão e com baixo consumo de água. Aliado à capacitação em carcinicultura, tilapicultura e uso eficiente da água, é esperado um impulso no setor de pescados.

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