Parceiro de Roberto Carlos, tecladista Lafayette morre aos 78 anos

O domínio do músico no instrumento foi determinante para popularizar a Jovem Guarda

Escrito por Diário do Nordeste/Folhapress ,
Músico gravou com diferentes artistas e criou, a partir do orgão Hammond S2, um tipo de sonoridade única no Brasil
Legenda: Músico gravou com diferentes artistas e criou, a partir do orgão Hammond S2, um tipo de sonoridade única no Brasil
Foto: Reprodução YouTube/Elcio Braga

O músico carioca Lafayette morreu, aos 78 anos, nesta quarta-feira (31). O anúncio foi feito pela mulher do artista, Dina Lúcia,a partir de publicação via Facebook. Lafayette é um dos grandes nomes da Jovem Guarda. Gravou sucessos de  Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Golden Boys.

Em 1965, ele criou o marcante arranjo de teclado para o sucesso "Quero que Vá Tudo pro Inferno", de Roberto Carlos. O domínio de Lafayette nos sintetizadores foi determinante para definir um timbre inconfundível. Essa versão de "Quando", gravada na série de discos "Lafayette Apresenta os Sucessos", explica bem a importância do tecladista

Esta sonoridade ajudou a estabelecer "a cara" da música produzida pela Jovem Guarda.

Lafayette e novos públicos

A importância do tecladista é aplaudida por novas gerações de músicos. Em 2004, Lafayette integrou a banda "Lafayette e os Tremendões". O grupo é formado por Gabriel Thomaz (Autoramas), Érika Martins (Penélope), Nervoso (Matanza), Melvin Fleming, Marcelo Callado e Renato Martins. 

"Os meninos queriam montar um grupo para tocar só Roberto (Carlos) e estavam atrás de tecladista", disse ele ao jornal Folha de S.Paulo, em 2010. "Descobriram uma casa noturna onde eu tocava, no Rio. Levaram discos meus para autografar e fizeram a proposta."

A causa da morte de Lafayette não foi informada. Em uma publicação desta semana, no entanto, Dina afirma que ele havia sido internado devido a uma pneumonia.