Saúde muda novamente orientação e diz que reserva de segunda dose contra Covid-19 deve ser mantida

Nota técnica do Ministério da Saúde recomenda o contrário do que havia anunciado Pazuello

Escrito por Redação ,
pazuello
Legenda: Eduardo Pazuello havia sugerido que os municípios não retivessem as vacinas para a segunda dose na última sexta
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Ministério da Saúde reconsiderou e orientou que os municípios ainda mantenham a reserva de vacinas contra a Covid-19 para a aplicação da segunda dose no intervalo de até 28 dias. O reposicionamento consta em nota técnica elaborada para o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação, publicado nesta terça-feira (23). 

Veja também

Na última sexta-feira (19), contudo, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, havia garantido o abastecimento, alterando a orientação para que as cidades não retivessem o estoque para segunda dose, sob justificativa da chegada de 4,7 milhões de imunizantes.

A orientação para não manter a reserva passaria a valer a partir deste dia 23. O documento atualizado ontem, porém, recomenda o contrário. 

“Tendo em vista o intervalo entre a dose 1 (D1) e dose 2 (D2) (2 à 4 semanas), e considerando que ainda não há um fluxo de produção regular da vacina, orienta-se que a D2 seja reservada para garantir que o esquema vacinal seja completado dentro desse período, evitando prejuízo nas ações de vacinação”, informa a nota. 

No Ceará, os quatro lotes recebidos somam 449.900 doses. Destas, 149.783 foram destinadas para a segunda dose, de acordo com o Vacinômetro, atualizado pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). Nesta quarta-feira (24), o Ceará recebeu o quinto lote. O Estado vai utilizar toda a Oxford na primeira dose e 50% da Coronavac. Os outros 50% serão guardados para a segunda.