Saiba quem é ‘Cigarreiro’, suspeito apontado como mandante da morte do delator do PCC
Segundo a polícia, Emílio Carlos Gongorra Castilho é integrante do PCC e teria interlocução com facções cariocas, como Comando Vermelho (CV) e Terceiro Comando Puro (TCP)
Emílio Carlos Gongorra Castilho, conhecido como João Cigarreiro ou Bill, é apontado pela Polícia Civil de São Paulo como mandante da morte de Vinícius Gritzbach. Delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) e de policiais civis, ele foi assassinado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no dia 8 de novembro de 2024.
Na manhã desta quinta-feira (13), a Polícia Civil de São Paulo cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão relacionados à morte do delator. Em entrevista coletiva, o delegado Osvaldo Nico, secretário-executivo da Secretaria da Segurança Pública (SSP), afirmou que, para a polícia, o caso está fechado. Ele ressaltou que falta prender três foragidos para concluir o inquérito — entre eles Cigarreiro.
Segundo a polícia, Cigarreiro é integrante do PCC e teria interlocução com facções cariocas, como Comando Vermelho (CV) e Terceiro Comando Puro (TCP). Ele era braço direito de Anselmo Becheli Santa Fausta, o “Cara Preta”, morto em dezembro de 2021.
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De acordo com o Uol, o suposto mandante intermediava negócios entre o CV e o PCC. Entre 2008 e 2010, ele era o homem que o PCC mandava ao Rio para realizar negócios entre as facções criminosas.
Segundo informações do g1, o mandante seria amigo de Gritzbach e eles teriam rompido após a morte de Cara Preta, porque Cigarreiro achou que o delator estava por trás do crime. Em 2024, Gritzbach assinou acordo de colaboração com o Ministério Público e apontou que João Cigarreiro o teria sequestrado e o levado para um tribunal do crime, após a morte de Cara Preta.
Além de Cigarreiro, os outros dois foragidos citados pelo delegado Osvaldo Nico são Diego dos Santos Amaral, o Didi, e Kauê do Amaral Coelho, que atuou como olheiro no assassinato de Gritzbach.
Os três, segundo o delegado, estão na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro. “Todo mundo sabe. A gente já esteve lá, na Vila Cruzeiro, tem ordem judicial para não entrar. A gente, um dia, vai pegar”, afirmou durante a entrevista coletiva.
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Antônio Vinícius Lopes Gritzbach foi morto no dia 8 de novembro de 2024, em um tiroteio no terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Ele foi “jurado de morte” pelo PCC.
A facção criminosa acusa Antônio de desviar R$ 100 milhões da organização e ordenar a morte do “megatraficante” Anselmo Becheli Santa Fausta, o “Cara Preta”, e de Antônio Corona Neto, o “Sem Sangue”.
Sequestrado pela organização, Gritzbach afirmou ter ficado sob o domínio dos criminosos por cerca de nove horas. Ele só teria sido liberado porque prometeu devolver o dinheiro desviado, mas acabou preso e decidiu contar à Polícia o que sabia.
Na delação premiada, Gritzbach acusou dirigentes de empresas que agenciam jogadores de futebol de lavarem dinheiro para o PCC. Um desses dirigentes seria Danilo Lima, o “Tripa”, que teria participado do sequestro dele.