Mandante da morte de delator do PCC é identificado pela Polícia Civil e pode estar no Complexo da Penha, no Rio

O DHPP deflagrou uma operação, nesta quinta-feira (13), para cumprir mandados judiciais contra envolvidos na morte de Vinícius Gritzbach

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 18:48)
Antônio era um homem branco e de cabelo castanho escuro. Na foto, ele está de camisa social e concede entrevista
Legenda: Antônio Vinícius Gritzbach era empresário do ramo imobiliário
Foto: Reprodução

A Polícia Civil de São Paulo identificou o mandante da morte de Vinícius Gritzbach, delator da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Réu por homicídio e acusado de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro, ele foi assassinado em novembro de 2024, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.

O suspeito está sendo procurado pela polícia. Trata-se de Emilio Gongorra Castilho, conhecido como João Cigarreiro ou Bil, um dos traficantes da organização criminosa. Segundo o Estadão, ele também seria o elo entre o PCC e a facção Comando Vermelho.

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) deflagrou uma operação, nesta quinta-feira (13), para cumprir mandados judiciais contra envolvidos na morte de Gritzbach. Em entrevista coletiva, o delegado Osvaldo Nico, secretário-executivo da Secretaria da Segurança Pública (SSP), afirmou que Gritzbach foi morto por vingança.

De acordo com o delegado, para a polícia, o caso está fechado. Ele ressaltou que falta prender três foragidos para concluir o inquérito.

O delegado refere-se a Emilio Gongorra Castilho, o João Cigarreiro; Diego dos Santos Amaral, o Didi, e Kauê do Amaral Coelho, o olheiro. Eles estão na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro. “Todo mundo sabe. A gente já esteve lá, na Vila Cruzeiro, tem ordem judicial para não entrar. A gente, um dia, vai pegar”, afirmou.

De acordo com o g1, Cigarreiro seria amigo de Gritzbach e eles teriam rompido após a morte de Ancelmo Santa Fausta, o Cara Preta, em 2021, porque Cigarreiro achou que o delator estava por trás do crime.

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Em 2024, Gritzbach assinou um acordo de colaboração com o Ministério Público e entregou nomes de integrantes do PCC, além de acusar policiais de corrupção. Na delação, o ele apontou que João Cigarreiro o teria sequestrado e o levado para um tribunal do crime, após a morte de Cara Preta.

Até o momento, 26 pessoas foram presas por envolvimento no caso, dos quais 17 são policiais militares e cinco, policiais civis.

Antônio Vinícius Lopes Gritzbach foi morto no dia 8 de novembro de 2024, em um tiroteio no terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Ele foi “jurado de morte” pelo PCC.

O PCC acusa Antônio de desviar R$ 100 milhões da organização e ordenar a morte do “megatraficante” Anselmo Becheli Santa Fausta, o “Cara Preta”, e de Antônio Corona Neto, o “Sem Sangue”.

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Sequestrado pela organização, Gritzbach afirmou ter ficado sob o domínio dos criminosos por cerca de nove horas. Ele só teria sido liberado porque prometeu devolver o dinheiro desviado, mas acabou preso e decidiu contar à Polícia o que sabia.

Na delação premiada, Gritzbach acusou dirigentes de empresas que agenciam jogadores de futebol de lavarem dinheiro para o PCC. Um desses dirigentes seria Danilo Lima, o “Tripa”, que teria participado do sequestro dele.

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