Rede social X recebe nova multa de R$ 5 milhões após drible do bloqueio no Brasil
A decisão foi publicada como um "edital de intimação", já que a empresa não tem representante legal no País
E a plataforma X acaba de receber uma nova multa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, nesta quinta-feira (19). O app vai ter de desembolsar R$ 5 milhões, por dia, em razão do "truque" que levou o site a ficar, novamente, disponível para usuários brasileiros.
A multa foi revelada pelo colunista Reinaldo Azevedo, do UOL, e confirmada pela TV Globo e pela GloboNews. A penalidade se aplica também à Starlink — empresa de tecnologia também vinculada ao bilionário Elon Musk, e que teve recursos bloqueados no início do mês para bancar multas aplicadas ao X.
A decisão foi publicada como um "edital de intimação", já que o X não tem representante legal no Brasil.
No documento, Moraes intima o X no Brasil "para que, imediatamente, suspenda a utilização de seus novos acessos pelos servidores CDN Cloudfare, Fastly e Edgeuno e outros semelhantes, criados para burlar a decisão judicial de bloqueio da plataforma em território nacional, sob pena de multa diária de R$ 5 milhões".
Acesso sem VPN surpreende usuários
Na quarta-feira (18), usuários da rede social relataram acesso ao X, mesmo sem o uso do VPN. A rede social fez uma mudança técnica que permitiu driblar o bloqueio judicial de que é alvo no Brasil, ao realizar uma alteração de endereços de IP do aplicativo.
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A informação foi compartilhada na quarta-feira (18), pela Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint).
Ao Valor Econômico, Basílio Rodriguez Perez, conselheiro da Abrint, explicou que a plataforma utilizou o serviço de "proxy reverso", da empresa estadunidense Cloudflare.
X começa a cumprir ordens do STF e bloqueia perfis solicitados por Alexandre de Moraes
Na noite de quarta-feira (18), o X começou a cumprir ordens judiciais do STF e retirou do ar contas que o ministro Alexandre de Moraes determinou que fossem suspensas. O próprio órgão federal está monitorando o movimento. A coluna também confirmou que os perfis, de fato, foram apagados.
Foram retidas por ordem judicial as contas do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, que está foragido nos EUA, de Paulo Figueiredo, ex-apresentador da Jovem Pan e investigado no inquérito que apura tentativa de golpe de estado no Brasil, e do youtuber Monark, entre outras.