Paula Thomaz, condenada pela morte de Daniella Perez, abre queixa-crime contra Glória Perez
Segundo coluna da jornalista Fábia Oliveira, a acusação feita por Thomaz é de ameaça e difamação
Paula Thomaz, uma das condenadas pelo assassinato da atriz Daniella Perez, abriu queixa-crime contra Glória Perez, mãe da artista e autora da TV Globo. O Boletim de Ocorrência foi registrado contra ela e alguns internautas na Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), no Rio de Janeiro.
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A queixa, nesse caso, diz respeito a alguns comentários feitos por Glória em perfil no Facebook. Na ocasião, ela opinou sobre o fato de Paula Thomaz estar investindo em uma carreira artística para a filha mais nova. A criança é fruto do casamento entre Paula e Sérgio Peixoto.
"Essa criminosa não tem limites. Não preservou o filho que tinha na barriga quando se fez assassina e não preserva a filha de um meio onde terá sempre como referência ser filha de uma assassina", teria escrito a autora. Nas respostas, seguidores teriam pedido a morte da menina, como forma de "retorno".
No Boletim de Ocorrência, Thomaz, que atualmente utiliza o sobrenome Peixoto, acusou Perez de ameaça e difamação. Intimada a depor, a autora teria enviado advogado para entender as circunstâncias da denúncia. Enquanto isso, em entrevista concedida ao jornal 'Metrópoles', ela fez desabafo sobre a questão.
"Coisa de psicopata. Logo, é preocupante que essa mulher esteja tentando se introduzir, através da filha, em meu ambiente de trabalho. Quem corre risco sou eu", comentou à publicação.
Caso Daniela Perez
Daniella Perez foi assassinada no dia 28 de dezembro de 1992 pelo colega de trabalho Guilherme de Pádua e pela esposa dele, Paula Nogueira Thomaz. De acordo com as informações do caso, ambos teriam feito uma emboscada e matado a jovem de 22 anos com dezoito punhaladas.
O motivo do crime, ainda segundo a condenação, foi o pedido de Guilherme para que a atriz falasse com a mãe com o intuito de dar mais importância ao papel do mesmo na novela 'De Corpo e Alma', exibida entre 1992 e 1993.
Tanto Guilherme como Paula foram condenados pelo crime, após julgamento por homicídio duplamente qualificado, com motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. Ele foi sentenciado a 19 anos de prisão e ela a 16. No entanto, foram liberados após cumprimento de um terço da pena.
Nota
Em resposta à divulgação do caso, a defesa de Thomaz explica que intenção do processo é proteger a filha de 5 anos da ex-atriz, que vem sofrendo com ameaças desde o ano passado. "Desde que foi noticiado erroneamente, em novembro passado, que Paula Peixoto estaria investindo na carreira de atriz da criança, mãe e filha têm recebido reiterados ataques e ameaças de morte nas redes sociais e no WhatsApp. Na ocasião, a autora de novelas Gloria Perez postou uma mensagem, criticando a ex-atriz, o que provocou uma série de ataques", diz parte da nota.
Além disso, o comunicado explica que não existe intenção de pedir qualquer tipo de indenização à autora. "A respeito de algumas especulações noticiadas na Internet, Paula Peixoto não pretende pedir nenhuma indenização a Gloria Perez. O objetivo dela é apenas proteger a filha de 5 anos e descobrir a autoria das ameaças de morte contra ela e a criança numa ação, supostamente, orquestrada. A menina não pode pagar pelo passado da mãe. Não se pode direcionar a ela o ódio que se tem em relação à mãe dela".