Menina que desapareceu no RJ foi levada ao Maranhão em carro de aplicativo
Jovem foi mantida trancada em uma quitinete em São Luís. Homem de 25 anos foi preso
A menina de 12 anos que estava desaparecida há oito dias no Rio de Janeiro, e foi encontrada no Maranhão nesta terça-feira (14), foi levada ao estado nordestino por um carro de aplicativo e permaneceu em cárcere privado em uma quitinete em São Luís, segundo informações do g1.
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Ela foi localizada por policiais civis da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), com apoio de agentes da Polícia Civil do Maranhão, após ter sido vista pela última vez na porta da escola em Sepetiba, na Zona Oeste do Rio.
Segundo a polícia maranhense, a menina foi levada em um carro de aplicativo até Divinéia, em São Luís. Ao todo, foram 3,1 mil quilômetros de viagem em pelo menos dois dias dentro do automóvel, numa corrida que custou R$ 4 mil.
A polícia ainda investiga se a adolescente foi estuprada. “Nós conseguimos, através de informações entre a delegada do Rio de Janeiro e a nossa equipe de inteligência, chegar ao local do possível cárcere da jovem. Ela se encontrava trancada em uma quitinete no bairro da Divinéia. Estávamos tentando abrir a porta, quando ela abriu a janela. Percebemos realmente que ela ficava trancada dentro da casa. Um crime de sequestro, ela só tem 12 anos de idade”, detalhou o delegado Marcone Matos.
Prisão de suspeito
Um homem de 25 anos, que é suspeito de manter a adolescente em cárcere privado, foi preso ainda na terça-feira.
Segundo a investigação, a adolescente saiu de sua casa no começo da semana passada e foi para o Maranhão após conhecer o suspeito por meio de um aplicativo de compartilhamento de vídeos. Ele teria ido ao Rio de Janeiro buscá-la.
As polícias dos dois estados estão apurando os crimes cometidos pelo homem. Policiais informaram que a vítima está bem, mas não deu mais detalhes do caso.
Pais precisam ir ao Maranhão
Os pais agora tentam juntar dinheiro para buscar a filha no Maranhão, pois a menina é menor de idade e não possui documentos.
"A polícia explicou que ela é menor e está sem documentos. Então nós vamos ter que ir lá buscá-la. Só que nem eu nem a mãe dela temos condições financeiras. Estamos vendo como vamos fazer para arrecadar o valor das passagens de ida e volta", disse o pai.
Até o reencontro com a família, a garota ficará na Casa da Mulher Brasileira, um centro de referência no atendimento a mulheres em situação de violência em São Luís.