Megaoperação cria 'muro do Bope' para encurralar suspeitos no Rio

Estratégia buscava encaminhar os traficantes para a região de mata perto do Complexo da Penha.

Escrito por
Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 19:49)
Imagens de policiais militares para matéria sobre megaoperação que cria muro do Bope para encurralar traficantes no RJ.
Legenda: Polícia Militar utilizou uma estratégia para encaminhar suspeitos para região de mata no Rio de Janeiro.
Foto: MAURO PIMENTEL / AFP.

A criação de um "muro do Bope", para encurralar suspeitos de envolvimento no Comando Vermelho (CV), foi uma das estratégias da megaoperação da Polícia Militar do Rio de Janeiro. A informação foi divulgada pelo coronel Marcelo de Menezes, secretário da PMRJ, durante coletiva realizada nesta quarta-feira (29). 

As esquipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) tinham se organizado para empurrar os suspeitos para área de mata da Serra da Misericórdia, entre o Complexo da Penha e o Complexo do Alemão. 

“Entramos pela mata e montamos um muro do Bope para cercar e impedir a movimentação dos criminosos”.
Coronel Marcelo de Menezes
Secretário da Polícia Militar do Rio de Janeiro

No local, os agentes já estavam infiltrados, bloqueando possíveis rotas de fuga. A população foi responsável por retirar parte dos mortos da região de mata. 

Mapa que mostra a estratégia utilizada pela Polícia Militar durante megaoperação que visava levar criminosos em direção ao dito muro do Bope.
Legenda: Os agentes visavam encaminhar os suspeitos e criminosos em direção ao muro do Bope.
Foto: Divulgação/Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro.

Essa ação buscava reduzir os riscos à população, com as balas perdidas do conflito, informou Menezes. No entanto, alguns internautas citaram que no lugar não havia câmeras ou testemunhas. 

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Planejamento da ofensiva

Essa megaoperação teria sido planejada por cerca de 60 dias, contando com helicópteros, tropas especializadas e apoio de inteligência. O governo do Rio de Janeiro já contabilizou pelo menos 119 mortos

Pelo menos 72 corpos foram retirados da mata no Complexo da Penha. Os cadáveres apresentavam marcas de balas e facadas. 

Balanço de prisões e apreensões

  • 113 presos (33 de outros estados);
  • 10 adolescentes detidos;
  • 118 armas apreendidas, sedo: 91 fuzis, 29 pistolas e 14 artefatos explosivos;
  • Mais de 1 tonelada de drogas apreendidas.

Cerca de 2,5 mil agentes participam da operação, incluindo equipes do Comando de Operações Especiais (COE) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

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