Megaoperação cria 'muro do Bope' para encurralar suspeitos no Rio
Estratégia buscava encaminhar os traficantes para a região de mata perto do Complexo da Penha.
A criação de um "muro do Bope", para encurralar suspeitos de envolvimento no Comando Vermelho (CV), foi uma das estratégias da megaoperação da Polícia Militar do Rio de Janeiro. A informação foi divulgada pelo coronel Marcelo de Menezes, secretário da PMRJ, durante coletiva realizada nesta quarta-feira (29).
As esquipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) tinham se organizado para empurrar os suspeitos para área de mata da Serra da Misericórdia, entre o Complexo da Penha e o Complexo do Alemão.
“Entramos pela mata e montamos um muro do Bope para cercar e impedir a movimentação dos criminosos”.
No local, os agentes já estavam infiltrados, bloqueando possíveis rotas de fuga. A população foi responsável por retirar parte dos mortos da região de mata.
Essa ação buscava reduzir os riscos à população, com as balas perdidas do conflito, informou Menezes. No entanto, alguns internautas citaram que no lugar não havia câmeras ou testemunhas.
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Planejamento da ofensiva
Essa megaoperação teria sido planejada por cerca de 60 dias, contando com helicópteros, tropas especializadas e apoio de inteligência. O governo do Rio de Janeiro já contabilizou pelo menos 119 mortos.
Pelo menos 72 corpos foram retirados da mata no Complexo da Penha. Os cadáveres apresentavam marcas de balas e facadas.
Balanço de prisões e apreensões
- 113 presos (33 de outros estados);
- 10 adolescentes detidos;
- 118 armas apreendidas, sedo: 91 fuzis, 29 pistolas e 14 artefatos explosivos;
- Mais de 1 tonelada de drogas apreendidas.
Cerca de 2,5 mil agentes participam da operação, incluindo equipes do Comando de Operações Especiais (COE) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).