Médico que deu alta para menina que estava com dengue é indiciado no DF

O profissional de saúde informou à mãe da garota de 7 anos que ela estava com "dengo"

Escrito por Redação ,
Hospital Materno-Infantil de Brasília
Legenda: Criança foi internada no Hospital Materno-Infantil de Brasília
Foto: Google Street View

Foi indiciado pela Polícia Civil o médico que deu alta a uma menina de 7 anos que estava com dengue hemorrágica. Pietra Isaac morreu um dia após ser liberada de um hospital particular, no Distrito Federal, em novembro de 2023. Conforme inquérito policial obtido pelo portal Metrópoles, nesta sexta-feira (15), houve homicídio culposo por imperícia médica

"Os relatos da mãe da vítima demonstram que o indiciado não agiu com o zelo e o dever profissional que lhe incumbiam. Além disso, o laudo produzido pelo IML informou que o quadro de saúde da vítima era indicativo de internação e, o próprio indiciado admitiu que deu alta médica, realizando, portanto, uma análise incorreta do quadro", diz o documento divulgado pelo site. 

O indiciado teria dito à mãe da criança que Pietra estava "dengosa" e não precisaria ser internada para realização do tratamento. Após ir embora da unidade de saúde, a garota vomitou sangue, teve febre alta e não conseguia comer. Então, a mãe da criança a levou para o Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib).

Na unidade ela foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e foi entubada. Pietra morreu em 17 de novembro. 

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Como ocorreu o caso

A primeira médica que atendeu Pietra Isaac disse que ela estava com dengue. A profissional pediu exames para confirmar e recomendou a internação. Mãe e filha aguardavam a liberação dos resultados quando ocorreu a troca de plantão. Conforme a mãe da criança, o segundo médico que as atendeu informou que a criança estava "dengosa". 

O profissional, então, deu alta e recomendou remédio e repouso. Camila tentou insistir para a internação da criança, mas não obteve sucesso. 

O que diz o médico

O profissional de saúde confirmou ter usado a expressão para "quebrar o gelo", contudo, ele não se recorda o que foi dito após a chegada dos exames. Segundo o especialista, as plaquetas de Pietra chegavam a 136 mil. 

O indicado ainda relatou não se lembrar da conversa completa que teve com a mãe. E disse que informou à mãe da criança que a levasse para um hospital de referência caso os sintomas piorassem.

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