Mãe de menino que agrediu aluno de 13 anos em escola diz que filho está 'destruído' e recebe ameaças

Menino prestou depoimento à Polícia Civil, mas evita sair na rua por medo

Escrito por Redação ,
Agressão
Legenda: Menino que aparece em vídeo agredindo Carlos Teixeira recebe ameaças de morte, segundo a mãe
Foto: Arquivo pessoal

A mãe de um menino que aparece em um vídeo agredindo o adolescente de 13 anos Carlos Teixeira, que morreu após outros adolescentes pularem em suas costas em uma escola de Praia Grande, em São Paulo, relata que o filho está "destruído" emocionalmente e já recebeu ameaças de morte. As informações são do g1

Segundo ela, o filho aparece agredindo Carlos Teixeira dentro de um banheiro na escola no dia 19 de março, mas não participou do momento em que os dois estudantes pularam sobre as costas da vítima, em 9 de abril. A mãe conta que o menino prestou depoimento à Polícia Civil, mas está 'escondido' na maior parte do tempo. 

"Meu filho não é ruim e nunca foi. Está arrasado pelo falecimento do Carlinhos e também pelo que estão fazendo com ele. São duas tragédias. O povo está ameaçando, dizendo que se o encontrarem na rua vão matá-lo, pois querem 'sangue com sangue'", relata a mulher.

Ela conta ainda que, mesmo sem ser intimado, o filho se apresentou no 1º Distrito Policial de Praia Grande, onde o caso é investigado, e que ele responderá por bullying e agressão corporal em dois processos diferentes.

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Morte de Carlos Teixeira

Carlos Teixeira, de 13 anos, morreu uma semana depois de dois colegas pularem sobre suas costas em uma escola estadual. O pai do adolescente afirmou que o filho sofria bullying e acredita que a morte aconteceu em decorrência dos golpes nas costas. 

"A gente leva a criança para escola achando que a criança vai estudar, que vai estar segura e, ao final, olha o que acontece", lamentou o pai de Carlos, que trabalha como porteiro e manobrista.

A agressão contra a vítima aconteceu no último dia 9, e segundo o pai, no mesmo dia o adolescente reclamou de dores nas costas e falta de ar ao chegar da escola. Julisses disse que levou o filho à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Praia Grande ao menos três vezes na semana, onde o filho foi medicado e, em seguida, liberado.

Os sintomas do adolescente se intensificaram no último dia 15, uma semana após a agressão. Com as queixas do filho, o pai de Carlos decidiu levá-lo à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central de Santos, em São Paulo, onde ele precisou ser internado e entubado. No dia seguinte, o jovem foi transferido para a Santa Casa de Santos e morreu após três paradas cardiorrespiratórias.

 

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