Estudante de 13 anos morre após ser golpeado nas costas por colegas em escola de Praia Grande, em SP
Os dois meninos que teriam agredido Carlos Teixeira estudavam com ele no 6º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Professor Júlio Pardo Couto
Carlos Teixeira, de 13 anos, morreu uma semana depois de dois colegas pularem sobre suas costas em uma escola estadual em Praia Grande, no litoral de São Paulo. O pai do adolescente afirmou que o filho sofria bullying e acredita que a morte aconteceu em decorrência dos golpes nas costas.
Os dois meninos que teriam pulado sobre Carlos estudavam com ele no 6º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Professor Júlio Pardo Couto, conforme apurado pelo g1.
"A gente leva a criança para escola achando que a criança vai estudar, que vai estar segura e, ao final, olha o que acontece", lamentou o pai de Carlos, Julisses Fleming, de 42 anos, que trabalha como porteiro e manobrista.
A agressão contra a vítima aconteceu no último dia 9, e segundo o pai, no mesmo dia o adolescente reclamou de dores nas costas e falta de ar ao chegar da escola. Julisses disse que levou o filho à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Praia Grande ao menos três vezes na semana, onde o filho foi medicado e, em seguida, liberado.
Os sintomas do adolescente se intensificaram na segunda-feira, uma semana após a agressão. Com as queixas do filho, o pai de Carlos decidiu levá-lo à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central de Santos, em São Paulo, onde ele precisou ser internado e entubado. No dia seguinte, o jovem foi transferido para a Santa Casa de Santos e morreu após três paradas cardiorrespiratórias.
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"Me sinto acabado e destruído [...]. O meu filho estava sofrendo bullying. O meu menino estava em estado de pânico o tempo todo".
De acordo com Julisses, o filho relatou que estava de costas para a dupla conversando com outro colega. Neste momento, os adolescentes mais velhos roubaram um pirulito e uma discussão começou. Logo em seguida, os suspeitos teriam pulado em cima dele.
Investigações
A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) afirmou ao g1 que a Diretoria de Ensino de São Vicente instaurou uma apuração preliminar interna e colabora com as autoridades nas investigações.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) disse que o caso foi registrado como morte suspeita e é investigado pelo 1º Distrito Policial (DP) de Praia Grande. O corpo de Carlos passará por necropsia, procedimento médico que examina a causa da morte.
A Prefeitura de Praia Grande solicitou, junto a secretaria de Estado, uma apuração completa dos fatos, já que a unidade de ensino onde ocorreu o caso é estadual.
A gestão municipal disse que lamenta profundamente a ocorrência com o aluno Carlos Teixeira. A administração municipal se solidariza com os familiares e amigos do jovem.