Ex-esposa de autor de atentado contra o STF morre após 16 dias internada, em SC

Mulher estava com queimaduras graves após atear fogo na própria casa

Escrito por Redação ,
Ex-esposa de autor de atentado contra o STF morre após 16 dias internada, em SC
Legenda: Daiane era contra as ações do ex-marido
Foto: Reprodução

Daiane Dias, ex-esposa do autor dos atentados contra o Supremo Tribunal Federal (STF), Francisco Wanderley Luiz, morreu nesta terça-feira (3). Ela estava internada há 16 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Tereza Ramos, em Lages, após incendiar a própria residência, em Rio do Sul, Santa Catarina.

A morte da mulher foi confirmada publicamente pela Secretaria de Saúde de Santa Catarina. Ela estava com queimaduras de 1°, 2° e 3° graus por todo o corpo, segundo informações da Polícia Civil ao g1.

Daiane ateou fogo na própria casa no dia 17 de novembro, quatro dias depois após o ataque provocado pelo ex-marido em Brasília. Ao portal da TV Globo, a corporação afirmou que ela planejou o ato de forma isolada e que continha material inflamável ao redor da residência e do próprio corpo.

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"Obtivemos mais evidências (inclusive vídeos) de que ela agiu totalmente sozinha e ateou fogo na residência e permaneceu lá dentro no intuito, ao que tudo indica, de tirar sua própria vida", declarou o delegado Juliano Bridi, que investiga o caso.

Em nota à imprensa, a Polícia Civil afirmou que o inquérito do incêndio "ainda não foi concluído em decorrência de um laudo da Polícia Científica, que ainda está no prazo para a confecção do referido documento".

Antes deste incidente, Daiane foi ouvida pelos investigadores do atentado contra o STF. Na ocasião, ela afirmou que Tiü França, apelido utilizado por Francisco Wanderley, "queria matar o ministro Alexandre de Moraes e quem mais estivesse junto na hora".

Ataque ao STF

As ações de Tiü França contra o STF ocorreram na noite de 13 de novembro. Ele disparou uma série de artefatos na área e morreu no local, logo em seguida, após ser atingido por uma das explosões. Um relatório final da Polícia Federal (PF) apontou que Francisco morreu devido à proximidade de um dos explosivos à cabeça dele.

Antes do atentado, o homem, que já tinha sido candidato a vereador em 2020, pelo PL, era conhecido por publicar ameaças contra ministros do Supremo, políticos e outras figuras públicas nas redes sociais.

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