Fisioterapeuta é preso por falsificar medicamentos e armazenar itens vencidos em Curitiba

Homem também é acusado de exercício ilegal da medicina

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 21:40)
Na foto, itens médicos sem nota fiscal envoltos de um plástico para matéria sobre fisioterapeuta preso em Curitiba acusado de exercício ilegal da medicina
Legenda: Preso em flagrante, o fisioterapeuta estava fazendo o atendimento de um homem vindo do estado de Goiás
Foto: Divulgação / Polícia Civil do Paraná

Um fisioterapeuta, de 38 anos, suspeito de falsificação de medicamentos, armazenamento e venda de produtos impróprios para consumo, foi preso em flagrante na última segunda-feira (7), no Centro de Curitiba (PR). Contra o profissional, também foi atribuído o crime de exercício ilegal da Medicina

Segundo a Polícia Civil do Paraná, que não divulgou o nome do fisioterapeuta, diversas irregularidades foram encontrados no local, como transporte de materiais médicos descartáveis (seringas e agulhas), armazenamento de botox sem refrigeração e sem nota fiscal, além de lixo hospitalar em descarte comum, e produtos como ácido hialurônico e anestésicos sem registro da Anvisa.

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“O suspeito, que possui mais de 10 mil seguidores nas redes sociais e outros 2 mil em um aplicativo de mensagens, mostrava em suas plataformas diversas cirurgias íntimas realizadas por ele.

Além de atender em Curitiba, atuava em Balneário Camboriú, São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas”, explica a delegada Aline Manzatto.

No momento do flagrante, o homem estava realizando o atendimento de um paciente vindo de Goiás. “O procedimento daqui [em Curitiba], feito por esse fisioterapeuta, é muito mais barato. Com médico ficaria em torno de R$ 30 mil e ali o paciente pagava entre R$ 4 mil e R$ 4,5 mil”, diz a agente.

Na foto, medicamentos sem nota fiscal, e alguns vencidos, são mostrados em frascos em matéria sobre fisioterapeuta preso em Curitiba
Legenda: Uma denúncia em dezembro do ano passado motivou a investigação contra o fisioterapueta
Foto: Divulgação / Polícia Civil do Paraná

De acordo com a delegada, em dezembro de 2024, um paciente de 41 anos registrou uma ocorrência relatando necrose em uma área íntima após realizar um procedimento de harmonização com o suspeito, onde surgiu a suspeita de que o produto utilizado seria diferente de ácido hialurônico, mas sim PMMA.

O PMMA é a sigla para polimetilmetacrilato, que é um componente plástico usado em diversas indústrias, na área de saúde e em outros setores produtivos.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) exige registro para uso do PMMA para preenchimento subcutâneo, pois é considerada uma substância de máximo risco.

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